“A influência humana no sistema climático é clara e as recentes emissões antropogénicas de gases de efeito de estufa são as mais altas da história. As alterações climáticas recentes tiveram um impacto generalizado nos sistemas naturais e humanos.
Os alertas em relação ao sistema climático são inequívocos e, desde os anos 50, muitas das alterações que têm sido observadas não têm precedentes nas décadas ou milénios anteriores. A atmosfera e os oceanos aqueceram, os níveis de neve e de gelo diminuiram, o nível do mar aumentou.”
É assim que começa o último relatório do IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change). E continua:
“A emissão continuada de gases de efeito de estufa causará um aquecimento ainda maior e alterações duradouras em todos os componentes do sistema climático, aumentando também a probabilidade de impactos graves, generalizados e irreversíveis que afectarão as populações e os ecosistemas. Controlar as alterações climáticas implicará reduções substanciais e prolongadas das emissões de gases de efeito de estufa, reduções essas que, combinadas com a adaptação, podem limitar os riscos presentes.”
Não é nada comum aparecerem relatórios científicos com uma linguagem tão forte e franca.
Não há controvérsia absolutamente nenhuma em relação ao que sabemos: as alterações climáticas globais existem, estão a conduzir-nos a um futuro catastrófico com transformações tão abrutas que ainda nem conseguimos encontrar um modelo que as descreva adequadamente, mas que teremos de travar quanto antes para evitar o fim do mundo tal como o conhecemos
Entendamo-nos: a limitação total do aquecimento resultante de indução humana para menos do que os 2ºC dos níveis pré-industriais implica a redução de 40% a 70% das emissões de gases de efeito de estufa até 2050 e para zero até 2100.
Isto não é uma piada.
“A resolução da crise cimática é uma corrida contra-relógio. Nesta luta contra o caos climático, há uma coisa chamada ‘demasiado tarde’.” (May Boeve, 350.org)
Nós temos de agir e temos de agir agora.
Por “nós”, não entendemos, claro, o 1% que contola mais riqueza do que os “restantes” 99%. Entendemos “nós”, os que têm sufrido e sofrerão ainda com as secas, com o aumentar do nível do mar, com a fome, os furacões, os fogos florestais e todos os conflictos sociais resultantes disto tudo.
Em Dezembro de 2015, as Nações Unidas vão ter uma Cimeira do Clima em Paris (COP-21) para finalizar um novo acordo pós-Quioto. Os movimentos ecologistas por todo o mundo estão a criar uma campanha internacional para aproveitar este momento para construir uma alternativa de justiça climática: “Muda o sistema, não o clima!”
O “Climáximo” é a nossa proposta de base de lançamento de uma campanha deste género em Portugal.
O “Activismo Climático em Acção” é o nosso “ponto zero”. É a altura em que formaremos uma equipa de activistas contra as alterações climáticas. A formação incluirá todos os aspectos principais desta área, desde a ciência à história das políticas climáticas, desde as propostas até aos fundamentos do activismo.
10:00 – 11:30 | #1: O que é? O essencial sobre as alterações climáticas |
11:45 – 12:30 | #2: O que tem que ser feito? Adaptação e mitigação |
12:45 – 13:30 | #3: O que está a ser feito? Politíca internacional |
–-ALMOÇO— | |
14:30 – 15:15 | #4: O que fazer? Soluções, estratégias, propostas… |
15:30 – 16:15 | #5: Como fazer? Activismo pelo clima |
16:30 – 17:30 | #6: O que vamos fazer? Campanha em Portugal |
Não te esqueças de enviar um email para climaximo@riseup.net para te inscreveres.