O grupo Galp Energia, ativo em 14 países e com receitas de quase 18 milhões de euros, trabalha afincadamente para lixar o planeta.
Único refinador de petróleo em Portugal, as suas refinarias (Matosinhos e Sines) produzem 330.000 barris por dia e 2,77 milhões de toneladas de CO2 por ano. No setor da produção a Galp consegue também feitos impressionantes: em 2014 a maior fatia da sua eletricidade provinha do carvão (28.1%), a fonte mais eficaz na geração de efeito de estufa (superior mesmo ao petróleo).
Apesar do notável contributo para o aquecimento global, a Galp sente que poderia fazer mais. Por isso planeia no próximo ano e meio duplicar a produção energética, e compromete-se a continuar a investir parte dos lucros na prospeção de petróleo e gás ao largo da costa portuguesa (Alentejo, Peniche e Algarve). Poderá ser improvável encontrar petróleo, mas o Presidente confia nas capacidade de providência do planeta: “Vamos ver se a natureza nos ajuda”, sorri esperançoso.
Mas porque o diabo está nos detalhes, a Galp não investe tudo na esperança. A companhia avança também um importante trabalho de destruição no Bombarral, onde planeia extrair gás a grande profundidade através do especialmente nocivo método de fratura hidráulica, que para além de emissões acrescidas de metano envolve o desperdício e contaminação de reservas de água com químicos perigosos.
Com todo o seu sucesso na causa de lixar o planeta, aplaudimos o lema da Galp, espelho claro da sua fé na Natureza e otimismo futuro: “A sua energia positiva”.
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Se aprecias os esforços do Galp para lixar o planeta, vota em baixo. Aqui estão os outros candidatos:
- Partex Oil & Gas: Extrativismo, mas humanitário
- Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia: Crise político-psicótica
- Portocel Soporcel: Exploração sustentável da floresta
- Porto de Sines: O primeiro projeto oficial de terrorismo português
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