Em dezembro, os governos do mundo vão reunir-se em Paris para finalizar um novo acordo sobre alterações climáticas, um acordo insuficiente baseado em promessas não vinculativas. Ao mesmo tempo, milhares de pessoas vão para as ruas em Paris, porque a última palavra sobre alterações climáticas não é dos políticos, é nossa.
Na madrugada de 12 de Dezembro, quando a cimeira estiver a chegar ao fim, vamos juntar-nos e começar a caminhar em direção ao centro de conferências em Le Bourget em 5 grupos de até 800 pessoas. Numa ação massiva de desobediência civil, vamos demarcar linhas vermelhas para um planeta justo e habitável. Vamos mudar o discurso, de mudanças climáticas para uma mudança de sistema, e sublinhar que o processo da ONU, dominado por corporações, não é a solução para a crise climática.
Contudo, isto não é um mero ato simbólico.
- Os políticos gostariam que marchássemos num sítio convenientemente remoto, mas nós vamos perturbar o seu business-as-usual.
- Este será também um momento de soluções dos povos, em construção. Atrás das linhas vermelhas, vamos discutir ações para 2016.
Milhares de pessoas já estão a fazer planos para ir a Paris.
Estarão em Paris pessoas vindas de comunidades afetadas em França, como Seine St Denis, nos arredores de Paris, que pagaram um pesado preço em mortes durante a vaga de calor de 2003. Estarão lá habitantes de ilhas no Pacífico, para quem as alterações climáticas são uma questão de sobrevivência. Pessoas de comunidades rodeadas pelas mais horríveis minas de carvão, locais de extração de gás de xisto (fracking) e poços de petróleo.
O Bloco de Esquerda está a organizar uma viagem de autocarro a Paris, e o Climáximo convida tod@s @s que queiram juntar-se a nós nesta ação histórica.
Mais info: http://d12.paris