Passeio Tóxico – vídeo e fotos

Para evitar alterações climáticas catastróficas, é preciso limitar o aquecimento global a 2°C acima dos níveis pré-industriais: «linhas vermelhas» que não podemos ultrapassar para manter o planeta habitável. Para lá do limiar dos 2°C esperam-nos (ainda mais) secas, tempestades, ciclones, cheias, enormes perdas de biodiversidade, epidemias, subida do nível do mar, acidificação dos oceanos, falhas de infraestruturas, crises alimentares e de acesso à água, guerras e refugiados climáticos.

Para evitar o aquecimento global irreversível, é preciso deixar mais de 80% das reservas conhecidas de combustíveis fósseis no subsolo. Por isso, pouco interessa se Portugal terá ou não reservas de hidrocarbonetos: o país tem de cortar pelo menos 64% das suas emissões de gases com efeito de estufa nos próximos 15 anos. E nesta luta contra as alterações climáticas, não existe espaço para novos projetos de extração de hidrocarbonetos. A única proposta realista para um planeta justo e habitável é deixar os combustíveis fósseis no subsolo, e mobilizar todas as forças sociais, económicas e políticas para uma transição justa para um futuro sustentável.

O grupo GALP Energia está presente em 14 países, com mais de 40 projetos de prospeção e exploração de petróleo. Como recompensa dos seus grandiosos feitos no domínio das emissões de gases com efeito de estufa, em 2015 a GALP contabilizou 639 milhões de euros de lucro. Lucro é de facto a única preocupação desta empresa, e na procura de novas formas de rentabilizar os recursos do planeta, o próximo passo será a extração em Portugal. A GALP, juntamente com a italiana ENI, detém uma concessão para exploração e extração de hidrocarbonetos em «deep offshore» na bacia do Alentejo. O início da prospeção, originalmente previsto para 1 de julho de 2016, foi adiado para 3 de Agosto, enquanto decorre um processo de consulta pública.

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