No fim de semana passado, 45 ativistas de 15 países europeus juntaram-se em Bruxelas numa reunião estratégica convocada pela 350. Falámos sobre “iconic fights” (lutas inspiradoras contra as infraestruturas de combustíveis fósseis, como a luta contra exploração de petróleo e gás em Portugal), campanhas distribuídas (campanhas que mobilizam as pessoas que não vivem nas linhas de frente e quando não houver uma dinâmica internacional como marchas pelo clima – por exemplo a campanha Empregos para o Clima), e sobre como pôr justiça no centro das nossas lutas.
Particularmente interessante foi a luta anti-fracking no Reino Unido, que tem uns 250 grupos locais(!). Recentemente fizeram ações diretas durante um mês inteiro: cada dia um outro grupo bloqueou um sítio diferente onde existe um (/potencial) furo de fratura hidráulica. Em breve teremos alguns ativistas a visitar-nos cá em Portugal e partilhar as suas experiências.
Também esteve presente o Ende Gelände, o coletivo alemão que organiza ações de desobediência civil com milhares de pessoas, em que ocupam uma mina de carvão simbólica. A próxima ação vai ser durante a COP-23 em Bona, e o Climáximo vai estar lá.
Camaradas da Itália apresentaram a luta popular contra o gasoduto TAP (Trans-Adriatic Pipeline, a última parte dum gasoduto entre Azerbaijão e Itália), e ouvimos também sobre o MidCat na Catalunha. As novas infraestruturas de gás natural é um assunto pouco discutido em Portugal, apesar dos planos de construção de 160 km de gasodutos entre Guarda e Bragança.
Finalmente, as conversas sobre justiça fizeram-nos pensar sobre inclusão. Vamos brevemente experimentar algumas ferramentas que podiam potencialmente ajudar a participação política das pessoas que não conseguem ir às nossas reuniões semanais.
Aproveitamos para convidar toda a gente preocupada com as alterações climáticas às nossas reuniões.