Consulta Pública Internacional contra o furo de petróleo em Aljezur
Lena da Áustria, Paola da Itália, Ezgi da Turquia e Oleg da Ucrânia explicam porque as suas lutas locais pela justiça climática são também lutas para parar o furo de Aljezur, no vídeo abaixo.
Impactos dos projetos de combustíveis fósseis não são só locais.
Para travar as alterações climáticas temos que deixar no mínimo 80% das reservas conhecidas dos combustíveis fósseis no solo.
Mais infraestruturas, mais furos e mais investimento nos hidrocarbonetos são a receita certa para caos climático. Isto significa fogos florestais na Indonésia e no centro de Portugal, tempestades mais fortes nas Filipinas, subida do nível do mar e desaparecimento das cidades inteiras em Bangladeche e na costa portuguesa, secas crónicas na África e no Alentejo, e imigrantes climáticos e conflitos sociais por todo o mundo.
Os impactos das alterações climáticas são globais. Todas as comunidades afetadas têm palavra para dizer sobre os “impactos ambientais” dum novo projeto petroleiro.
Sabemos que o governo e as corporações petrolíferas não querem ouvir aos autarcas, às populações locais e às organizações da sociedade civil, porque ouvir não dá dinheiro.
Mas nós somos muito mais que eles acham e estamos a lutar pela justiça climática por todo o mundo. A única hipótese que a humanidade tem para se manter num planeta habitável é nós ganharmos.
Nas lutas por uma transição energética na Ucrânia, contra a terceira pista do aeroporto da Viena, contra o gigante gasoduto entre Azerbaijão e Itália, contra os mega projetos em Istambul, e contra o furo de Aljezur, estamos a lutar pela mesma causa.
Em solidariedade com tod@s os guerreir@s do clima, temos que parar o furo.