“Sabia que o Governo Português, juntamente com a multinacional francesa VINCI Airports, se preparam para levar a cabo um grave atentado ambiental e à saúde pública, aumentando o aeroporto de Lisboa e os aviões a sobrevoar a cidade sem considerar o bem estar, a saúde e a segurança da população? Sabia que este “consórcio” também quer construir um outro aeroporto, o do Montijo, do outro lado do Rio Tejo, num dos maiores santuários de aves da Europa, onde vivem e se alimentam perto de 200 mil aves, grande parte migratórias entre o Norte de África e o Norte da Europa?”
Assim se lia nos flyers distribuídos aos passageiros que aterravam em Lisboa durante a tarde de sábado, dia 14 de Dezembro. Cerca de sessenta pessoas, habitantes das duas margens do Tejo, de todas as gerações, juntaram-se na concentração de protesto “Mais aviões não!”, em pleno Aeroporto Humberto Delgado (ou da Portela).
“Estamos aqui hoje para afirmar que não queremos mais aviões a sobrevoar Lisboa e porque não aceitamos o crime ambiental que representaria a construção do eventual aeroporto do Montijo. Porque somos cidadãos e organizações que se preocupam com a saúde e bem-estar das populações, (…) alinhados no combate às alterações climáticas e porque defendemos o ambiente, a biodiversidade da Reserva Natural do Estuário do Tejo e um futuro melhor para nós, para os nossos filhos e netos”, leu José Encarnação, da Plataforma Cívica Aeroporto BA6-Montijo Não.
Para além da Plataforma Cívica e da campanha ATERRA, que junta 15 organizações, também se uniram nesta iniciativa a ZERO, a Lisboa Precisa, a RedeURTICA, o FAPAS, a GlocalDecide, a União dos Sindicatos de Lisboa e a União dos Sindicatos de Setúbal.
Uma acção de convergência, em que as várias organizações assumiram o compromisso colectivo de “prosseguir a denúncia de uma atitude governativa que assume a supremacia dos interesses privados da VINCI acima dos interesses dos cidadãos”, “promover a participação mais informada das populações da região de Lisboa” e prosseguir pelas várias vias a luta para travar este projecto do Governo e da multinacional VINCI.
Vários media estiveram presentes. Podem ler aqui o artigo da Agência Lusa ou ver aqui a reportagem da TVI.
Mais informações: www.aterra.info