Climáximo vai contestar a Assembleia Geral Anual dos Accionistas da Galp por causa da sua responsabilidade na crise climática e nas injustiças sociais.
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Inspirado pelas campanhas como Shell Must Fall e BP or Not BP, o Climáximo está a organizar uma acção de protesto no dia 24 de Abril para contestar a Assembleia Geral Anual dos Accionistas das Galp.
A convocatória sublinha que a Galp não é só o actor principal baseado em Portugal na destruição do planeta e na crise climática, mas também é um actor principal da política portuguesa, muito mais estável e importante que qualquer instituição estatal ou partido político, que garante a continuação do colonialismo português com projectos desastrosos em Moçambique.
A convocatória da acção termina com as seguintes linhas:
A Galp tem de cair.
A Galp não só tem de cair, mas também tem de pagar pela crise climática e pelas violações de direitos humanos que causou ou alimentou.
O modelo de negócio da Galp, baseado no lucro e não nas pessoas e no planeta, tem de acabar.
O porquê desta acção:
- É preciso desmantelar a Galp por todos os meios legais, económicos e políticos necessários.
- É preciso assegurar uma transição justa para os trabalhadores da indústria fóssil.
- É preciso garantir reparações para comunidades e ecossistemas afectados.
- É preciso construir uma democracia energética pública e 100% renovável para todas as pessoas.
Porquê contestar a Assembleia Geral Anual dos Accionistas?
Muitas vezes, imaginamos que os crimes climáticos acontecem em sítios longe da vista: no Ártico, na Amazónia, no Golfo do México… Contudo, a destruição climática faz-se nas grandes metrópoles onde as empresas multinacionais decidem projectos, decretam leis e mandam no mundo a partir das suas sedes. A Assembleia Geral Anual dos Accionistas é um dos sítios-chave onde se reproduz este poder económico e político.
A Assembleia Geral Anual dos Accionistas é uma cena de crime. E deve ser tratada como tal.
O que vai acontecer?
Com diversas tácticas, activistas pela justiça climática vão:
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sublinhar o papel económico e político da Galp na crise e inacção climáticas
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trazer as vozes das comunidades locais de Moçambique afectadas pelos projectos da Galp
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denunciar os novos projectos de gás fóssil da Galp
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destacar a desigualdade salarial na empresa
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Mais detalhes vão ser partilhados durante as próximas semanas no site do Climáximo e via comunicados de imprensa.