Na última semana o governo português apresentou a sua versão do plano de estímulos para a economia. Na face de uma crise económica capaz de eclipsar os tempos da Troika a primeira reação do governo é tímida, e a direção vai em salvar os negócios, não as pessoas. Impostos adiados, Segurança Social pilhada, layoff temporário, o Manuel Araújo e o João Reis discutem o plano desapontante do governo, que prefere continuar a ignorar a transição energética que é necessária.
Os patrões liberais da Padaria Portuguesa, que defendem a flexibilização de despedimentos, layoffs e horas extra, e que gostam de pagar em espírito de equipa, vêm agora pedir ajuda ao Estado apesar do lucro de 10 M€ anuais.
Com a reconversão de algumas fábricas da indústria de perfumes e de produção de álcool em fábricas de álcool gel, vemos que é possível alterar segmentos da economia para irem na direcção das necessidades reais das populações. Devemos agora parar de fazer esta mudança quando temos à nossa frente o caos climático, uma crise permanente e que só se vai agravar?
Seca em Marrocos, Secas rápidas e o branqueamento da Grande Barreira de Coral:
O governo de Marrocos quer gastar 12 mil milhões de dólares a travar a seca ou a criar mais negociatas? Há um novo fenómeno climático: depois das cheias rápidas, as secas rápidas, em poucas semanas grandes áreas afectadas. Na Austrália, a Grande Barreira de Coral sofreu o seu terceiro grande branqueamento em 5 anos, afectando a viabilidade da manutenção deste ecossistema complexo e imprescindível.