Durante a semana de 20 a 26 de Julho ocorreu uma semana de ações. Tendo em conta a crise económica que se desenha com o confinamento e a intervenção dos estados para rearranjar as sociedades da forma mais convenientes aos exploradores, várias coletivos e organizações saíram à rua.
Da parte do Climáximo, no dia 21 o culto de adoração ao Capitão Fóssil – António Costa Silva – entrou na “sua” empresa, a Partex Oil and Gas, para citar os prodígios deste petrobarão. Fazer descer emissões aumentando-as e de transformar gás fóssil em energia renovável foram apenas alguns dos reconhecidos e venerados dons de António Costa Silva.
Ficaram assim para a posterioridade oferendas ao grande salvador na pátria.
No dia seguinte em simultâneo o Climáximo teve uma concentração em frente ao Ministério do Ambiente e a apresentação de um contrato para a descontaminação no Ministério da Economia.
A segunda foi recebida foi recebida com hostilidade, vincando o facto de que não é bem vinda uma transição justa que passe pela criação de uma infraestrutura de renováveis, linha férrea de transportes abrangente, e a exigência de que todos os investimentos sejam compatíveis com as metas climáticas, sendo as ativistas colhidas com hostilidade.
De resto, também na Quarta-Feira a Ação pela Habitação convocou uma vigília e Assembleia Aberta em frente do ministério das Infraestruturas e Habitação, tendo logo na Segunda-Feira pintado um mural na zona da Graça. Sempre lutando contra a insuficiência das medidas governamentais para a habitação, especialmente face à presente crise económica.
Na Quinta-Feira a Brigada Estudantil teve vigílias, em Lisboa em frente à Direção Geral do Ensino Superior, e em Faro no Campus da Penha, para exigir um ensino democrático e discutir a descolonização dos currículos.
Já a Greve Climática Estudantil, por todo o país contou com aulas abertas ao Governo, com lições especialmente destinadas ao Capitão Fóssil, António Costa Silva. Estiveram nas ruas lições nas cidades de Faro, Albufeira, Portimão, Caldas da Rainha, Lagos, Guimarães e Lisboa.
Por fim, no Domingo dia 26, o Sindicato dos Trabalhadores dos Call-Centers fez uma ação online sobre as empresas de trabalho temporário.
Próximos Passos
O Outono aproxima-se a passos largos, e com o agudizar da crise económica a luta torna-se cada vez mais necessária.
Para isso, o Climáximo lançou o Manifesto: Nós somos os anticorpos.
Comprometendo-se a lutar contra o vírus da maximização do lucro e de todos os sistemas sociais que alimentam a discriminação. Várias pessoas de várias organizações e locais do país já assinaram o manifesto, comprometendo-se a sair às ruas este Outono para acções de desobediência civil em massa.
Já a Greve Climática Estudantil tem numa nova data para sair em manifestação nas ruas, dia 25 de Setembro.
Vê os vídeos das duas ações do Climáximo abaixo: