#FightFor1Point5
Vários coletivos internacionais estão-se a preparar para ações de desobediência civil e manifestações contra o falhanço do Acordo de Paris. Passados 5 anos todas as instituições e governos falharam em tomar medidas para evitar a subida global da temperatura acima de 1.5ºC. Por isso estes coletivos tomam nas suas mãos a luta para impedir as emissões de carbono. Entre os dias 11 e 12 de Dezembro a luta pela justiça climática sai às ruas.
Vê a convocatória do Ende Gelände.
Convocatória
Há 5 anos, 196 países assinaram o Acordo de Paris, para tentar impedir que as alterações climáticas tornem a vida no planeta insustentável. Este acordo afirma ter como objetivo a redução das emissões de gases de efeito estufa, de modo a impedir um aumento de temperatura média global para além dos 2 graus neste século. Este sempre se tratou de um acordo não vinculativo, desenhado e destinado a falhar.
Infelizmente, os planos para reduzir a emissão de CO2 para a atmosfera, estão longe de representar a ação que seria necessária para garantir uma estabilidade na concentração de gases com efeito de estufa na atmosfera. Esta falta de ação é a consequência da economia capitalista global, que permite a exploração pela indústria fóssil para a interminável acumulação de capital, ignorando os limites do nosso planeta.
As alterações climáticas não representam apenas um desafio para o futuro, já estão a afetar pessoas e ecossistemas por todo o planeta,. É urgente uma resposta assertiva ao resgate à crise climática, com o resgate desta epidemia a mostrar-nos o que pode ser uma política pública coordenada e incisiva. Nestes 5 anos, os cortes nas emissões foram mínimos e os desastres climáticos somaram-se crescentemente. Os países neste acordo não estão a fazer o necessário. Qualquer medida tomada para limitar um aquecimento global que não seja abaixo dos 1,5 graus é insuficiente. Se isto se mantiver, as consequências vão ser catastróficas e irreversíveis.
A 12 de dezembro de 2020, coincidindo com o 5º aniversário do Acordo de Paris, em vários países vai-se sair à rua em ações de desobediência civil e em manifestações, para marcar o fim da nossa confiança nos processos institucionais e iniciar uma alternativa popular.
Em Lisboa, saíremos à rua numa Marcha para o Enterro da Acordo de Paris, desde o Jardim do Príncipe Real até à Assembleia da República, passando pelo Ministério do Ambiente.
É no Acordo de Glasgow, com um plano de acção próprio, produzido pelo próprio movimento climático que iremos conduzir a ação para evitar o caos climático. Basta de reconhecer as alterações climáticas e não tomar as ações necessárias para as combater.
Não podemos esperar mais pelas respostas dos governos. Sublinhamos a necessidade de um movimento climático global que seja capaz de atuar no presente e desenvolver um transição justa que respeite as capacidades do planeta. Nem mais um ano de inação!