Há 5 anos o Acordo de Paris foi assinado para supostamente tentar impedir que as alterações climáticas tornem a vida no planeta insustentável. Este acordo afirma ter como objetivo a redução das emissões de gases de efeito estufa, mas este sempre se tratou de um acordo não vinculativo, desenhado e destinado a falhar.
Hoje é o dia em que enterramos este Acordo de Paris. Mas para o fazer não basta renunciá-lo.
Face ao falhanço coletivo dos governos para travar a crise climática, assumimos nós o papel de travar as alterações climáticas.
Para o enterrar definitivamente temos que nos soltar das amarras de todo o tipo que nos restringem, e escalar a ação.
É para isso que agora no Acordo de Glasgow, com um plano de ação próprio, produzido pelo próprio movimento climático iremos conduzir a ação para evitar o caos climático.
Basta de governos que reconhecem as alterações climáticas mas não tomam medidas necessárias para as combater. Está na hora das forças sociais tomarem as rédeas da ação climática.
Basta de esperar por um milagre ou um super herói ou heroína que nos salve. Todas juntas nós somos aquelas por quem estavámos à espera, nós somos quem irá produzir a mudança social necessária para pôr o travão nesta deriva via ao colapso.
A inércia do Acordo de Paris é causa de revolta, não só em Portugal, mas ao redor do mundo. Os 5 anos do acordo foram marcados pela contestação a este e ao apelo à necessidade de ação concreta que efetivamente trave o caminho via ao caos climático.
No dia 11, Sexta Feira, o Fridays for the Future marcou a data, com vários os grupos de vários países como a Suécia, a Alemanha e Portugal a transmitirem a mensagem de forma luminosa.
Aqui ao lado, dentro da plataforma Rebelión por el Clima, o Greenwashing foi lavado na frente do congresso dos deputados em Madrid e não só.
Na Catalunha, a luta conta a agenda do gás fóssil esteve em destaque.
Na Serra Leoa, ativistas assinalaram a falta de ação, no país indicado como o terceiro mais vulnerável às alterações climáticas.
Em Torino (Itália) foram apontados os dedos aos governos, multinacionais da indústria fóssil e grupos financeiros, o eixo da exploração mundial.
Também na Alemanha, bicicletas serviram como instrumento de protesto.
No Bangladesh, outro país na linha da frente das alterações climáticas um protesto ocorreu contra a ameaça que superar os 1.5 graus de aquecimento representam.
Chamada para ação: 06/12/2020
Véspera da ação: 11/12/2020
Lê mais sobre o porquê de sair às ruas nos seguintes artigos:
Acordo de Paris: não celebramos cinco anos de inacção – Bianca Castro
Lutar por 1,5ºC. Enterrar Paris! – Matilde Alvim
Paris, morto à nascença – João Camargo