Hidrogénio verde. EDP, Galp, REN, Prio e ANA já contam com cartas de apoio do Governo para terem acesso a fundos europeus
Várias empresas nacionais já receberam cartas de apoio do Governo para tentarem obter financiamento europeu para os seus projetos no hidrogénio verde. EDP, Galp, REN, Prio ou ANA encontram-se entre as empresas que querem desenvolver projetos nesta área, contando agora com uma carta do executivo para terem acesso a fundos. Estes projetos dizem respeito aos da Prio em Aveiro; Hyperion em Setúbal; Galp em Sines; EDP/ Galp/Martifer/REN/Vestas em Sines; Fusion Fuel em Sines; ANA Aeroportos no aeroporto de Lisboa; EU-SCORES Consortium em Viana do Castelo; Seawind Ocean Technology em Viana do Castelo. Matos Fernandes, ministro do ambiente e da transição energética, afirma que já está aberto um aviso POSEUR no valor de 40 milhões de euros com o objetivo de “apoiar projetos de investimento que visem a produção de gases de origem renovável, incluindo o hidrogénio verde”.
Trabalhadores de Matosinhos manifestaram-se frente à sede da Galp
Mais de 50 trabalhadores estiveram em frente à sede da Galp, nas torres de Lisboa. Chegaram pelas 10:30, num autocarro que os trouxe do norte país, e concentraram-se em frente à porta principal, gritando “A Petrogal é nossa, não é do capital”, antes de seguirem para a residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento. Exigiram investimentos e a(uma) aposta na formação profissional, com vista à modernização daquela estrutura e a sua reconversão numa refinaria de biocombustíveis (o que em si pode ser uma falsa solução).
Fundo soberano de riqueza norueguês desiste de ações petrolíferas após perda de cerca de 10 mil milhões de dólares
O fundo soberano da Noruega vendeu todo o portefólio de empresas focadas na exploração e produção de petróleo, marcando um grande passo na direção oposta à dos combustíveis fósseis. O fundo da Noruega, o maior do mundo, começou a virar as costas ao petróleo e ao gás há mais de três anos atrás. A intenção naquela época era afastar-se de uma indústria à qual a economia da Noruega estava fortemente exposta. O novo CEO do fundo, Nicolai Tangen, tornou o investimento sustentável um foco explícito na sua estratégia e afirma que é necessário que todos os gerentes do portefólio tenham isso em mente.
TAP quer limitar direito à greve, menos férias e mais horas de trabalho
Vários sindicatos, que receberam a proposta da TAP para um acordo de emergência a vigorar até ao final de 2024 estão indignados com várias das medidas previstas no documento enviado pela administração da empresa. A proposta prevê aquilo que é identificado como uma “cláusula de paz social” que diz que durante a vigência do acordo os sindicatos são obrigados, nos termos do artigo do Código do Trabalho sobre uma eventual “regulamentação da greve por convenção coletiva”, a “não recorrer a meios de luta laboral relativamente às matérias constantes do presente acordo de emergência”. No horário de trabalho, por exemplo, o objetivo da empresa é passar das atuais 7h30 por dia para as 8 horas, enquanto nas férias a meta é descer de 26 para 22 dias por ano – ou seja, aquilo que está previsto na legislação comum do Código do Trabalho. O acordo de emergência para salvar a companhia aérea portuguesa foi enviado aos vários sindicatos na semana passada, com um prazo até ao final do mês para resolver o assunto. Ou seja, pouco mais de uma semana, algo que o SNPVAC (Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil) considera inaceitável tendo em conta que existiram “meses” para resolver o assunto.
Alicante bate recorde de temperatura atingindo 29,2º em pleno janeiro
Em apenas dez dias, Alicante passou de neve, geadas e um mínimo de quatro graus na costa para uma semana de pré-verão. O ar marítimo tropical e o vento oeste fizeram com que os termómetros de Alicante atingissem 29,2 graus em meados de janeiro – igualando o recorde histórico de 1982 – e registando a temperatura máxima em Espanha dia 28 de janeiro. Curiosamente (ou não), o número de registos diários de altas temperaturas é muito maior do que o de baixas durante a última década: entre 2010 e 2020 foram registadas 19 temperaturas baixas, em comparação com os 124 registos de temperaturas (altas), (quando, num) clima estável, a proporção deveria ser de 55-55. Isto mostra que os registos de altas temperaturas são mais frequentes e que os dias frios são cada vez mais raros.
Ciclone tropical Ana: Fiji sofre a segunda tempestade mortal num mês
Uma pessoa morreu e cinco, incluindo um menino de três anos, ainda estão desaparecidos depois do ciclone Ana ter esmagado as Fiji no domingo, pouco mais de um mês depois do ciclone Yasa ter atravessado as ilhas do norte do país. Mais dois ciclones estão a formar-se, na costa das Fiji, e a temporada dos ciclones ainda tem três meses pela frente. Mais de 10.000 pessoas permanecem em centros de evacuação de emergência depois das chuvas torrenciais e ventos fortes terem causado severas inundações e danos generalizados a edifícios, plantações e infraestruturas públicas. A maior parte do país está sem eletricidade desde domingo e também houve relatos de interrupções generalizadas de água.
Comissão Europeia considera essencial lei que proteja biodiversidade na Europa
A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, considera que é essencial criar uma lei que proteja a biodiversidade a nível europeu. Para Von der Leyen, os cinco principais riscos para a economia, apontados no último relatório de risco do Fórum Económico Mundial, estão relacionados com o ambiente. A presidente da Comissão Europeia defende, por isso, um “acordo de Paris para a biodiversidade”. Von der Leyen continua a ser a presidente da Comissão Europeia, que tem apresentado um plano que supostamente conduz a uma transição energética, mas que apenas assegura o caos climático.
Cientistas abordam mitos sobre o plantação de árvores em grande escala
Cientistas propuseram dez regras de ouro para a plantação de árvores, que dizem ser uma prioridade para todas as nações nesta década. Considerando que “Plantar as árvores certas no lugar certo deve ser uma prioridade para todas as nações, pois enfrentamos uma década crucial para garantir o futuro do nosso planeta”, as 10 regras de ouro são: Proteger as florestas existentes primeiro; Colocar a população local no centro dos projetos de plantação de árvores; Maximizar a recuperação da biodiversidades; Selecionar a área certa para reflorestamento; Privilegiar a regeneração natural da floresta sempre que possível; Selecionar as espécies de árvores certas para maximizar a biodiversidade; Certificar se as árvores são resilientes para se adaptarem a um clima em mudança; Planear com antecedência; Aprender enquanto se faz; Fazer valer a pena.
Apesar da pandemia, 64% das pessoas defendem que as alterações climáticas são uma emergência global
A enorme crise mundial trazida pela pandemia da covid-19 não apagou a importância das alterações climáticas, nem fez com que as pessoas minimizassem este problema, continuando a considerá-lo uma emergência global. Foi essa, pelo menos, a resposta de 64% das pessoas àquele que é apresentado como o maior inquérito global alguma vez feito sobre o tema, abrangendo 1,2 milhões de pessoas em 50 países, não incluindo Portugal. Promovido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e pela Universidade de Oxford, o inquérito chegou aos participantes através de jogos de telemóveis e mostrou que a educação é o factor mais relevante na percepção deste problema. No inquérito era perguntado se consideravam que as alterações climáticas eram ou não uma emergência climática e apresentado um conjunto de 18 medidas, em seis áreas de acção climática (economia, energia, transporte, alimentação e uso dos solos, natureza e protecção das pessoas), para tentar perceber quais as que as pessoas consideravam prioritárias. No entanto, a estas pessoas foi-lhes perguntado o que deve o mundo fazer para responder a esta emergência. 41% não achou prioritário fazer tudo o que fosse necessário e urgente para responder a essa emergência; 20% defendeu que devíamos agir lentamente, até que tivéssemos mais informação; 10% considerou que o que está a ser feito já é suficiente e 11% escolheu mesmo a opção “não fazer nada”.
A revolta dos pequenos investidores contra os grandes fundos de alto risco
Durante esta semana, uma acção consertada composta por pequenos investidores fez tremer o mercado financeiro e colocou em risco a posição de alguns dos grandes investidores de Wall Street. A Gamestop, uma empresa de venda física de jogos à beira da falência, viu as suas acções subirem dos 14$ para os 380$ à medida que um grande conjunto de pequenos investidores se juntaram para as valorizar, reduzindo assim o lucro que os, já ricos, investidores de alto risco iam obter com a sua descida. Esta acção foi organizada e difundida pelas redes sociais, mais uma vez mostrando a fraqueza e ganância do sistema económico, que já tentou uma série de medidas para contrariar esta situação