Radar Climático – 3 de Março

ANAC trava construção do aeroporto do Montijo

Tendo por base que as Câmaras da Moita e do Seixal são contra a localização do novo aeroporto no Montijo, resultou o indeferimento da ANAC, que afirma que a construção do aeroporto do Montijo não pode avançar.

Governo não desiste e vai avaliar três soluções para futuro aeroporto de Lisboa

Em comunicado, o ministério das Infraestruturas explica que a Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) vai “promover uma avaliação que compare” três soluções: a atual solução dual, em que o Aeroporto Humberto Delgado terá o estatuto de aeroporto principal e o Aeroporto do Montijo o de complementar, uma solução dual alternativa, em que o Aeroporto do Montijo adquirirá, progressivamente, o estatuto de aeroporto principal e o Aeroporto Humberto Delgado o de complementar e a construção de um novo aeroporto internacional de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete.

Estudantes convocam nova Greve Climática para 19 de março 

“Em contra-relógio erguemo-nos para lutar pelo cumprimento dos prazos que o planeta nos dá. Não há tempo a perder. A luta pelo futuro já começou e não pode ser adiada” é o apelo que as organizadoras da Greve Climática Estudantil deixam para o dia 19 de março. Esta vai decorrer em, pelo menos, 18 localidades confirmadas até agora.

Estas exortam voltar à ação, dadas as promessa vazias de líderes e instituições, e a necessidade de um plano real, “construído pelo movimento por justiça climática, por todas as pessoas, para todas as pessoas”

Relatório da ONU evidencia que os compromissos dos governos para a redução de emissões não são nem de longe suficientes para as baixar

Este relatório examina o impacto combinado das “contribuições nacionalmente determinadas”. Apesar de estas metas, supostamente, serem as mais ambiciosas, esse nível ambição apenas subiu marginalmente. Assim, os cortes prometidos agora apenas vão baixar as emissões de 2030 em 3%, quando comparando com aqueles feitos em 2015.

Sobretudo, isto resultaria apenas numa descida das emissões de 2030 em 0,5% quando comparadas com as de 2010. Ora, para manter o aumento das temperaturas abaixo dos 1,5Cº, em relação à média pré-industrial, esta descida das emissões deveria ser de 45%. Uma disparidade tremenda.

O Inverno chinês registou a temperatura mais alta da sua história

Pequim chegou aos 25,6°C no dia 21, o valor mais alto de sempre alguma vez registado entre dezembro e fevereiro. As temperaturas flutuaram entre ambos os extremos durante fevereiro, mas um onda de calor na última semana arrasou o registo da temperatura mais quente.

A temperatura média em Pequim nos finais de fevereiro situa-se em 5ºC ao longo dos anos. Uma área de alta pressão sobre a Ásia desencadeou a subida das temperaturas em Pequim acima dos 20ºC, chegando então aos 25,6ºC no dia 21. Este tipo de temperaturas só é habitual em Pequim por meados de maio.

Destaque para janeiro, em que o ar do Ártico tinha chegado a Pequim, fazendo descer as temperaturas a -19,6ªC, quebrando o recorde estabelecido em 1969.

Um iceberg de 1270 km², área equivalente a mais de 12 vezes o conselho de Lisboa soltou-se

Este iceberg soltou-se no Antártico, de uma plataforma de gelo com 150 metros de espessura. Cientistas acompanharam o desenvolvimento desta quebra ao longo de 10 anos. As plataformas de gelo são flutuantes, por isso a sua desintegração não tem quase nenhuma contribuição direta para a subida do nível do mar. No entanto, as plataformas de gelo retardam o deslizamento de glaciares que estão sobre a terra. Quando estas se desintegram, os glaciares podem fluir mais rapidamente para o mar e isso sim contribui para a subida do nível do mar.

Corrente do Golfo atinge nível mais fraco dos últimos 1000 anos

Esta corrente, que afeta o Atlântico Norte, atingiu o seu nível mais fraco em cerca de 1000 anos, concluiu um estudo científico na revista Nature Geoscience. Este indica: “Nunca, em mais de 1000 anos a circulação meridional do Atlântico (AMOC), também conhecida como sistema da corrente do Golfo, esteve tão fraca como nas últimas décadas”. Sugerem que corrente tenha sido relativamente estável até final do século XIX, mas terá começado a perder intensidade de uma forma mais drástica a partir de meados do século XX.

Os investigadores admitem que esta situação esteja ligada às alterações climáticas, ao salientar que a circulação atlântica é relevante para os padrões climáticos no continente europeu. A desaceleração da AMOC já tinha sido prevista em modelos climáticos como uma resposta ao aquecimento global, causado pelos gases de efeito estufa, que perturba as diferentes densidades da água que estão na origem da corrente.

Emissões de CO2 do sector militar da Europa equivalem à circulação anual de 14 milhões de automóveis

Estudo encomendado pelo Parlamento Europeu estima que a pegada de carbono militar tenha ultrapassado 24,8 milhões de toneladas de dióxido de carbono em 2019, um valor que é equivalente às emissões produzidas anualmente por 14 milhões de automóveis.

Rejeitado o recurso, e o processo por inação climática movido por seis jovens portugueses a 33 países vai mesmo avançar

Este processo foi movido em setembro, onde seis jovens portugueses processaram 33 países, entre os quais Portugal, por falta de ações estatais quanto às alterações climáticas, e exigiram que os países se comprometam a baixar as emissões de gases com efeitos de estufa em 65% até 2030. Foi aceite pelos juízes em Estrasburgo em outubro como um “caso prioritário”, dada a “importância e urgência das questões” levantadas.

Estes países têm agora até 27 de maio para apresentar as suas defesas ao caso iniciado pelos cidadãos portugueses.

CGTP volta às ações de rua, com trabalhadores da hotelaria, restauração e turismo 

Os trabalhadores da hotelaria, restauração e similares foram, e continuam a ser, os mais afetados pela crise sanitária provocada pela COVID-19, a que se seguiu uma crise social profunda no sector.

Muitos milhares de trabalhadores ficaram sem emprego e sem qualquer apoio social ou viram os seus direitos e rendimentos reduzidos drasticamente, que não tendo sido ainda repostos.

Assim, concentraram-se na semana passada numa manifestação da CGTP frente à sede das associações patronais.

 

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