Banco Europeu de Investimento continua a aprovar projetos fósseis
Em 2019, o Banco Europeu de Investimentos prometeu deixar os investimentos em combustíveis fósseis para trás até 2022, mas durante esse período investiu 890 milhões de euros em 6 projetos de gás fóssil.
O Banco argumenta que esses projetos já estavam em apreciação quando o BEI fez a promessa de deixar os combustíveis fósseis, e que assim ficam elegíveis para financiamento durante o período de transição.
Confirma-se então a suspeita do movimento climático de que a janela de anos de transição tinha o propósito de colocar em andamento mais projetos de combustíveis fósseis.
Exxon adia de novo a decisão de investimento em gás de Moçambique
É o terceiro ano consecutivo de adiamento da decisão final de investimento sobre o projeto de exploração de gás natural em Moçambique, colocando em dúvida o investimento de 30 mil milhões de dólares. Em causa está a garantia de fornecimento de energia por parte da fábrica vizinha, operada pela francesa Total. A agência Bloomberg acrescenta que a falta de uma indicação sobre o prazo para a decisão pode indicar que o projeto está em risco de sair da lista de investimentos prioritários da companhia norte-americana. O projeto da Exxon corresponde à Área 4, num consórcio onde a Galp está envolvida.
Repressão contra jornalistas Moçambicanos que reportam sobre os projetos de Gás
Muitos jornalistas locais, que reportam sobre a violência sentida na região e a sua ligação aos projetos de gás de Cabo Delgado em Moçambique, têm sido sujeitos a detenções aleatórias, aprisionamentos sem base legal, tortura e ataques por parte da polícia e forças armadas de Moçambique desde 2018.
Este foi o caso de Ibrahimo Abu Mbaruco, repórter da Rádio da Comunidade de Palma. Durante anos, este tinha vindo a reportar a violência em Cabo Delgado, onde grupos armados têm vindo a aterrorizar civis desde 2017; violência que deixou centenas de mortos e forçou 565 mil pessoas a abandonar os seus lares. Em abril do ano passado, saiu do trabalho pelas 18 horas, e de seguida enviou uma mensagem a um colega a dizer que estava “rodeado por soldados”. Desde aí não se soube mais deste.
Politico reportou sobre os patrocínios da presidência portuguesa, que incluem a Portucel
O jornal reporta sobre a presidência europeia quase fantasma por parte do Governo Português em tempos de COVID-19, cujos gastos atingem valores como se de uma presidência normal se tratasse.
Os gastos passam 260 mil euros num ponto de imprensa em Lisboa, quando as conferências de imprensa são dadas online e jornalistas entrageiros não estão a deslocar-se a Lisboa. Gastos de 35 mil euros em vinho, quando mal existem reuniões físicas. 39 mil euros em vestuário, quando se está a trabalhar de casa.
Dentro da lista dos patrocinadores destes gastos está a Navigator, sobre o qual o Manuel Araújo do Climáximo se pergunta do porquê do governo se associar a uma empresa cujas explorações de eucaliptos estão ligadas a expropriações de terras em Moçambique e a fogos florestais em Moçambique.
Dado o processo de construção do aeroporto complementar do Montijo ter sido travado pelo regulador devido à oposição de duas das câmaras dos concelhos afetados diretamente pela infraestrutura, o Governo avançou com o processo legislativo para retirar às autarquias o poder de veto à construção de aeroportos. Assim as autarquias locais ficam limitadas à produção de pareceres locais. Rui Rio, líder do PSD admite deixar passar a proposta, quase assegurando o seu sucesso no parlamento.
O ministério das infraestruturas garantiu num comunicado que: “Qualquer alteração na localização do aeroporto por força da avaliação ambiental estratégica agora pedida não obriga ao lançamento de um concurso público de âmbito internacional, nem ao pagamento de qualquer indemnização à ANA- Aeroportos de Portugal”.
Este comunicado surgiu depois da notícia que dava conta de que a alteração do aeroporto do Montijo para outro local ditaria uma indemnização de 10 mil milhões de euros por parte do Estado à Vinci.
Uma opção fora do Montijo implicaria custos de pelo menos 5 vezes maiores à Vinci, dado poder aproveitar a infraestrutura já existente da base militar.
Este projeto ganho fôlego com a greve dos camionistas de há 2 anos, que colocou em risco o fornecimento de combustível ao aeroporto de Lisboa. Na corrida à construção do projeto, encontra-se a CLC, empresa detida maioritariamente pela Galp. Este oleoduto transportaria combustível entre o concelho da Azambuja e o aeroporto Humberto Delgado.
Trabalhadores da Groundforce manifestam-se no Parlamento
No quarto dia de manifestações pelo país, trabalhadores da Groundforce reclamaram de salários por pagar em frente ao Parlamento. A Groundforce, estando dependente do transporte aéreo, viu a sua atividade gravemente afetada pela pandemia.
A TAP é accionista desta com 49,9%, sendo os restantes 50,1% detidos pela PASOGAL, uma empresa privada. Para poder pagar os salários, a TAP fez um pagamento adiantado de serviços, sendo que o accionista privado não se encontra capaz de suportar os salários em atraso.
Greenpeace em França pinta avião de verde, em protesto contra a falta de respostas à crise climática
No aeroporto de Paris, Charles de Gaulle, nove ativistas, vestidas de amarelo e branco, treparam a vedação do aeroporto e aplicaram a tinta verde ao Boing 777 da Air France. Não haviam passageiros a bordo durante a pintura.
Vários colocaram-se nas asas do avião com faixas onde se lia: “Há um piloto para salvar o clima?”. Foram imediatamente interceptadas e detidas pela polícia.
A Greenpeace aponta que a medida em linha em França para reduzir as emissões do transporte aéreo – proibir voos em que essa mesma viagem possa ser feita por comboio em menos de 2 horas – não é suficiente para conseguir a redução necessária no setor.
Novo plano económico de estímulos com cerca de 1,9 biliões em linha nos Estados Unidos
O plano foi aprovado pelo senado, estando mais próximo do poder aprovado pelo presidente Joe Biden. Este inclui novos cheques diretamente atribuídos às famílias, apoio ao desemprego, à carência alimentar, saúde, habitação e a pequenos negócios.
Destaque para o não aumento do salário mínimo para os 15 doláres à hora, e para o clima como um não assunto.
Lula da Silva, ex-presidente do Brasil, pode disputar eleições
As condenações de Lula da Silva no âmbito da Operação Lava Jato foram todas anuladas por um juiz do Supremo Tribunal Federal. Lula governou o Brasil de 2003 a 2010 na frente do Partido dos Trabalhadores. Em 2017 foi preso sob a acusação de corrupção envolvendo um apartamento Triplex.
Lula da Silva esteve preso até 2019, tendo o processo na altura sido decretado pelo juiz e mais tarde ministro no governo de Bolsonaro, Sérgio Moro.
Agora, Lula recupera os direitos políticos, podendo antever-se a sua candidatura na disputa pela presidência do Brasil.