Activistas do movimento pela justiça climática convocaram uma acção de desobediência civil em massa no dia 22 de Maio, no Aeroporto de Lisboa. A acção vai ser antecipada por uma concentração à frente da sede do Partido Socialista no dia 19 de Abril, aniversário do partido.
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Nos dias 13 e 14 de Março, dezenas de activistas de várias organizações juntaram-se no 6º Encontro Nacional pela Justiça Climática em sessões públicas e reuniões de trabalho.
No plenário final, foi lançado uma convocatória para uma acção de desobediência em massa no 22 de Maio, no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.
Os activistas criticam o governo por ter falhado sistematicamente na descarbonização da economia e na transição justa, particularmente no sector de aviação.
Sinan Eden do Climáximo explicou que “a nacionalização da TAP deveria ter servido para resgatar os trabalhadores. Em vez disso, a reestruturação da empresa veio fragilizar a sua vida, roubando os seus direitos e os seus rendimentos. O governo devia agarrar esta oportunidade para estabelecer um plano de redução da aviação, garantindo rendimento, emprego e formação profissional na economia verde para os trabalhadores e responsabilizando os accionistas nesta transição. Este plano podia incluir não só a TAP mas também a Groundforce e todos os trabalhadores dos aeroportos e companhias aéreas.”
Inês Teles da campanha ATERRA sublinha que “o governo desempenhou um papel proactivo na destruição climática quando se apressou para mudar a lei para conseguir avançar com o novo aeroporto no Montijo, com o apoio da direita parlamentar.”
Estes exemplos, como muitos outros, mostram que a prioridade máxima do governo é salvar as empresas privadas e os accionistas das mesmas.
Os activistas reivindicam uma transição justa no sector de aviação e exigem um forte investimento na ferrovia e nos transportes públicos.
No dia 19 de Abril, dia de aniversário do Partido Socialista, os activistas estarão à frente da sede do partido, no Largo do Rato, onde vão organizar uma concentração com uma assembleia.
Mas a maior acção está marcada para 22 de Maio, com mais informações a serem lançadas no site http://em-chamas.pt .
Até lá, os activistas comprometem-se a fazer sessões públicas com o título “A Nossa Casa Está a Arder”, para preparar a acção.
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Mais informações: https://em-chamas.pt
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