“Acabou a produção de electricidade a partir do carvão em Portugal”
Chega ao fim a queima de carvão na central termoelétrica da Tejo Energia, no Pego (Abrantes). Juntamente com a desativação da central termoelétrica da EDP em Sines, Portugal abandona a produção de eletricidade a partir deste recurso.
A Trust Energy (Engie e Marubeni), principal acionista da Tejo Energia afirma que “não desistiu do projeto” de reconversão da central para um Centro Renovável de Produção de Energia Verde, um projeto que teria um investimento de 900 milhões de euros.
A empresa queria utilizar os apoios do Fundo para uma Transição Justa e o Plano de Recuperação e Resiliência para fazer esta mudança que envolveria um projeto de eletricidade, hidrogénio e outros gases renováveis a partir de fontes de energia local como a solar, eólica e resíduos florestais. Pelos vistos este plano, anunciado ao ministro do Ambiente em julho, não recebeu nenhuma pronunciação por parte do mesmo. Sendo assim, a central avança agora para concurso público para a atribuição do ponto de ligação à rede elétrica e sem perspetivas para que se substitua a produção para fontes renováveis.
Galp admite construção de uma segunda plataforma flutuante de extração de gás em Moçambique
Perante o cenário de instabilidade na região de Cabo Delgado, a Galp coloca a hipótese de vir a instalar uma 2ª plataforma flutuante de extração de gás como alternativa à criação de linhas de liquefação em terra, garantindo assim o “aproveitamento dos recursos” durante este período conturbado.
Nas palavras de um administrador da empresa, “Moçambique é um país abençoado com um recurso que o projeto Coral Sul eleva para o próximo nível (…)”, referindo-se ao projecto de exploração das reservas da bacia do Rovuma (2022), consideradas uma das maiores descobertas de gás a nível mundial. Um contracto representado em 70% pela Mozambique Rovuma Venture (MRV), uma ‘joint venture’ em co-propriedade da ExxonMobil, Eni e CNPC (China).
EUA leiloam contratos de exploração de petróleo e gás no Golfo do México
No início deste mês, em Glasgow, o presidente Joe Biden afirmou que os EUA “demonstrarão ao mundo” que “não apenas estão de volta à mesa”, mas “esperançosamente liderarão pelo poder do exemplo”. No entanto, poucos dias após o evento, encontram-se já cedidos por leasing vários milhões de quilómetros quadrados no Golfo do México para perfuração de petróleo e gás. Tal empreendimento traduzir-se-á em mais de 516 milhões de toneladas de emissões de gases com efeito estufa. Acrescenta Biden: “O nosso compromisso com o clima é ação, não palavras”.
Na UE, encontram-se actualmente em discussão novas regras destinadas a eliminar gradualmente os subsídios para projetos fósseis. Porém, Malta e Chipre obtiveram isenções para gasodutos. Significa então que o gasoduto EastMed (ligação do Chipre à rede de gás europeia, juntamente com a Grécia e Israel), assim como o Projecto Melita (transporte de gás da Sicília até Malta) poderão ser financiados pela UE. A medida foi criticada por ativistas ambientais, em particular pela ligação deste último projecto ao empresário maltês Yorgen Fenech, ex-director da ElectroGas, actualmente acusado de conspiração no assassinato da jornalista Caruana Galizia. Em 2017, Caruana Galizia encontrava-se a investigar a concessão do contrato da central de Delimara à ElectroGas, o que levanta suspeitas sobre a sua morte.
Índia revoga leis da reforma agrária de 2020
Depois de um ano maciço de protestos, três leis que permitiriam aos agricultores indianos escolher a quem vender os seus produtos irão ser revogados pelo governo de Modi. A ênfase do conflito encontra-se na ameaça do fim da mediação do Estado no mercado agrícola, o que resultaria numa maior exposição dos agricultores aos grandes comerciantes. Desde novembro passado que acampamentos de agricultores em contestação têm promovido uma onda de solidariedade. Foi por terem apoiado publicamente estes protestos que Disha Ravi e outros ativistas do Fridays for Future India foram intimidados e perseguidos pelo Estado indiano.
Em Nova Deli, a Poluição do ar leva a fecho de obras e escolas
Nos últimos anos, os níveis de poluição do ar da capital indiana têm chegado a níveis alarmantes. Nas últimas semanas, o índice da qualidade do ar tem-se encontrado nos 470-499 numa escala de 500. “Temo-nos visto obrigados a usar máscara até dentro de casa”. Uma semana de confinamento foi declarada, mas a seriedade da situação tem promovido a exigência de um plano de emergência para o que é descrito como uma situação “muito grave”.