Galp quer juntar o lítio ao petróleo em Sines
A cidade alentejana será o coração da actividade industrial da Galp, que pretende, para além do petróleo, passar a refinar lítio em Sines. Segundo esta, o projeto vai instalar uma “refinaria sustentável” de cadeia de valor das baterias de lítio, com capacidade de produzir “entre 25 e 35 mil toneladas por ano de lítio refinado”, suficiente para a produção de mais de 1 milhão de veículos eléctricos por ano na UE.
Neste consórcio, além da Galp, está a Savannah, responsável pela extração do lítio na mina do Barroso, que depois será refinado em Sines. Noutro consórcio, desta vez dedicado ao hidrogénio “limpo”, planeia-se construir também em Sines, um centro de produção de hidrogénio verde que contribua para a criação de combustíveis sintéticos e descarbonizados.
Ambos os projetos contam poder aceder a fundos do PRR, o plano de fundos públicos da Comissão Europeia.
Fecho das centrais a carvão cria desafios ao abastecimento em Portugal
Esta é a informação de um relatório da Direcção-geral de Energia e Geologia (DGEG): Dado o encerramento das centrais a carvão e a ainda insuficiente capacidade de energia solar, em cenários como um inverno seco que comprometa a produção hídrica, o recurso às quatro centrais a gás natural do país será essencial para manter a oferta de energia. Mesmo a produção nestas centrais a gás, poderá ficar comprometida em caso de subidas do preço internacional do gás.
No caso dos piores cenários se realizarem, aqueles que se opõem à transição energética poderão ganhar argumentos políticos para a manutenção dos combustíveis fósseis.
Mantêm-se incerteza na localização do novo aeroporto
Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital considera que a “história” à volta da construção do novo aeroporto é “mesmo lamentável”, juntando-se aos apelos do Presidente da República para que destas eleições saia um consenso sobre a solução. Afirma também ser “incontestável” a necessidade de aumentar a capacidade aeroportuára em Lisboa.
Fica assim claro que ainda não existe um consenso de qual a localização para o novo aeroporto, mas que existe intenção política para o fazer avançar.
Shell retira-se de projeto de exploração de petróleo em Cambo
A Shell, que pretendia realizar a exploração com Siccar Point (empresa de exploração privada), apresentou uma situação económica fraca e desfavorável como razão para não avançar com o projeto. A Siccar, pelo contrário, afirmou que pretenderá continuar o Cambo Project e procurará modos alternativos para a realizar, o que poderá ser possível, dado que o governo do Reino Unido não se pronuncia quanto ao assunto. Isto apesar de relatórios, incluíndo o da Agência Internacional de Energia, e o largo consenso científico, provarem que não podem haver novos furos de gás e petróleo se queremos manter o aquecimento global abaixo de 1.5ºC.
Mais um ano recorde no aumento da capacidade de produção de energias renováveis
Cerca de 290 GW (1GW é suficiente para fornecer energia a 750 mil casas) produzidos maioritariamente por turbinas eólicas e painéis solares. Estima-se que a este ritmo a produção de energia renovável vai exceder a produção de energia fóssil em 2026. O autor deste relatório da Agência Internacional de Energia, diz que o ritmo de transição atual é insuficiente.
Lucros das petrolíferas aumentam
Lucros das empresas petrolíferas aumentaram 174 mil milhões este ano, com o aumento do preço do gás nos Estados Unidos.
Chuva substituirá neve em zonas polares
Segundo um estudo, a chuva vai substituir a neve no Ártico como a forma de precipitação mais comum antes do final deste século, se o aquecimento global superar os 3ºC. Isto acontecerá também na Gronelândia e no Mar da Noruega, se o aquecimento for limitado a 1.5ºC ou 2ºC.
Shell avança com testes sísmicos em zonas de acasalamento de baleias na África do Sul
A Shell recuou no Mar do Norte, mas avançou na África do Sul, com uma vitória em tribunal que permite assim à empresa realizar testes sísmicos para explorar petróleo em áreas sensíveis e que poderá perturbar o habitat de mamíferos aquáticos. Os defensores deste habitat argumentaram que o projeto foi aprovado utilizando um processo antigo, que não cumpria as mais recentes e fortes proteções ambientais. Porém, o tribunal considerou que não existiam provas suficientes do “dano irreparável” que o projeto causaria e, tendo em conta os custos de um atraso no processo, julgou a favor da Shell.
Antigos poços de petróleo no Reino Unido poderão ser locais de teste para enterro de CO2
A partir do próximo ano, o Reino Unido poderá ter os seus primeiros locais de teste para enterrar CO2. Estes locais já existem noutros países, mas os do Reino Unido são relevantes devido à sua morfologia ser semelhante ao Mar do Norte, o qual tem as reservas com o maior potencial para armazenar CO2 e que, portanto podem investigar em terra como melhor monitorizar para onde o CO2 vai. Estes locais de teste também poderão ser utilizados para avaliar como o hidrogénio pode ser guardado debaixo de terra.