Falta de financiamento pode atrasar Grande Muralha Verde em África
Em 2007, foi aprovado o projeto da Grande Muralha Verde pela União Africana, que pretendia inicialmente criar uma barreira verde de 15 quilómetros de largura e 8000 quilómetros de comprimento ao longo da região do Sahel, passando por 20 países desde o Senegal, a oeste, até ao Djibouti, a leste.
Segundo o coordenador da iniciativa da Grande Muralha Verde do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Adamou Bouhari, baseado num relatório sobre o projeto, o atual nível de financiamento e o ritmo de implementação do projeto não permitirão alcançar as suas metas.
O relatório foi divulgado durante a Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação, em setembro de 2021, o que levou à promessa, na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2021 (COP26), de doações de cerca de 17 mil milhões de euros para o projeto, metade dos quais já foram assegurados, segundo a mesma fonte.
Ainda assim, a falta de financiamento poderá atrasar o projeto Grande Muralha Verde, que combate a degradação da terra e o subdesenvolvimento no Sahel, onde mais de metade da população vive abaixo do limiar de pobreza.
Desflorestação nas reservas amazónicas aumenta drasticamente durante o governo de Bolsonaro
A desflorestação nas áreas protegidas da Amazónia brasileira cresceu 79% durante os três anos do governo Jair Bolsonaro, em comparação com a devastação sofrida pelas reservas desse bioma entre 2016 e 2018, segundo um novo estudo.
O estudo destaca o aumento de crimes ambientais nas reservas amazónicas, como a extração ilegal de madeira e mineração e incêndios criminosos. O estudo acrescenta, ainda, que o crescimento contínuo da desflorestação reflete a falta de fiscalização das autoridades ambientais e a redução das verbas destinadas ao combate a este tipo de crimes, reservas essas que, só em 2021, diminuíram 40%.
O estudo foi realizado pelo órgão de direitos humanos Instituto Socio Ambiental (ISA), com base em dados oficiais de desflorestação divulgados pelo governo e compilados via satélite pelo Instituto Estadual de Pesquisas Espaciais (INPE).
Eventos climáticos extremos provocaram perdas astronómicas em 2021
Um novo relatório da instituição de caridade Christian Aid conclui que – no decurso deste último ano – os eventos climáticos, associados às alterações climáticas trouxeram miséria e grandes perdas para milhões de pessoas em todo o mundo.
O estudo em causa identificou dez eventos climáticos extremos este ano, num total de 170 mil milhões de dólares em danos, mais 20 mil milhões de dólares do que no ano anterior. Além disso, os dez eventos em causa provocaram pelo menos 1.075 mortes e 1,3 mil milhões de deslocados.
O relatório assinala, no entanto, que esta avaliação monetária abrange sobretudo os desastres que ocorreram em países mais ricos, onde as infraestruturas estão mais protegida por seguros. Em países mais pobres, o impacto económico de fenómenos extremos torna-se muito mais difícil de calcular.
Alguns dos eventos climáticos extremos mais devastadores em 2021 atingiram as nações mais pobres, que pouco contribuíram para causar as alterações climáticas.
Em meados de dezembro, a maior companhia de seguros do mundo, a Swiss Re, estimava que o real impacto das catástrofes naturais e eventos climáticos extremos era de um total de 250 mil milhões de dólares em danos em 2021.
Comissão Europeia aprova o plano de reestruturação da TAP
O plano de reestruturação da TAP foi aprovado pela Comissão Europeia.
A ajuda de Estado aprovada à empresa ascenderá a 2,55 mil milhões de euros – valor a que acrescem os 462 milhões que já entraram nas contas este ano (e que já foram transformados em capital), mais os 107 milhões de euros que irão entrar agora como forma de compensação para fazer face aos danos provocados pela covid-19, e que foram agora anunciados pela Comissão.
A aprovação chega mais de um ano depois do plano ter sido entregue em Bruxelas, a 10 de dezembro de 2020.
Contudo há contrapartidas:
– a TAP deve ceder 5% dos seus slots diários no aeroporto de Lisboa (faixas horárias para aterrar e levantar voo)
– separação entre o negócio da aviação que junta a TAP SA e a Portugália e os restantes negócios. A Portugália é uma subsidiária da TAP e não foi até agora afetada por quaisquer cortes.
– desinvestir do negócio da manutenção no Brasil, na Cateringpor e na Groundforce, onde tem 49% do capital.
Dinamarquesa Eurowind avança com a sua primeira central solar em Portugal
A empresa dinamarquesa Eurowind Energy já arrancou com a construção da sua primeira central solar em Portugal, um projeto de 22 Megawatts (MW), localizado no município de Alenquer, a Norte de Lisboa.
A central terá 40.741 painéis fotovoltaicos de tecnologia bifacial, ocupará 30 hectares e deverá produzir eletricidade suficiente para cobrir o consumo de mais de 14 mil famílias.
Portugal tem atualmente 1.293 MW (1,29 gigawatts) de capacidade solar fotovoltaica instalada, mas o leque de projetos em desenvolvimento irá nos próximos anos fazer disparar a potência solar para entre 7 e 9 gigawatts, sobretudo através da construção de centrais fotovoltaicas de larga escala. A maior dessas centrais, projetada para Santiago do Cacém, terá mais de 1.000 MW de capacidade, e está em fase de licenciamento ambiental. Segundo a campanha Empregos para o Clima, até 2030, Portugal necessita de ter 21.000 MW. Deste modo, a central de Alenquer representa apenas 0,1% da capacidade solar fotovaltaica que Portugal necessita em 2030.
“Não vai acabar nenhuma ciclovia em nenhuma localidade da cidade” [de Lisboa]
A garantia foi deixada pelo novo vereador de mobilidade da Câmara de Lisboa, Ângelo Pereira, na reunião pública do executivo que decorreu na passada quarta-feira, 22 de Dezembro, nos Paços do Concelho. “Iremos corrigir o que está mal, manter o que está bem e iremos fazer crescer a possibilidade de os lisboetas se circularem em Lisboa através da mobilidade suave.”
Nesta reunião pública, estiveram presentes os vereadores da Câmara Municipal, representando os vários partidos com assento parlamentar, o movimento Cidadãos por Lisboa e o movimento Lisboa Possível.
O movimento “Lisboa Possível” tem uma reunião marcada com o vereador Ângelo Pereira para o próximo dia 14 de Janeiro para discutirem a ciclovia da Almirante Reis e os outros assuntos.