Vivemos na década decisiva para agir e impedir que a temperatura média do planeta ultrapasse os 1.5ºC de aquecimento. Em vez de uma transição justa, o capitalismo está a fazer uma expansão energética, repetindo as mesmas lógicas de injustiça, desigualdade, discriminação e exploração capitalista que nos trouxeram a este cenário de crise. Este modelo económico não tem nem capacidade nem intenção em levar a cabo uma transição justa que responda às necessidades reais das pessoas.
No sudoeste alentejano, um dos expoentes máximos do capitalismo fóssil em Portugal, identificamos vários problemas e crimes climáticos, ecológicos e sociais: As monoculturas de alimentos e de painéis solares, a má gestão da água e dos solos, o trabalho precário nas estufas, a falta de transportes públicos, o encerramento de infraestruturas sem qualquer plano de transição justa para as trabalhadoras e comunidades locais, os resorts de luxo e campos de golf que está previsto serem construídos, o aumento da capacidade do Porto de Sines, que importa gás fóssil e transporta animais vivos por milhares de quilómetros, e a infraestrutura nacional com maior quantidade de emissões de gases com efeito de estufa, a Refinaria da Galp em Sines. Por tudo isto, temos que agir!
De 6 a 10 de Julho, juntamente com organizações que estão na linha da frente, iremos acampar e conhecer melhor, com a própria população local, a realidade de quem sofre os impactos directos do capitalismo no sudoeste alentejano, bem como construir e executar diversas acções directas focadas em vários pontos do capitalismo fóssil na região!
Até lá vamos estar em vários pontos do país com diferentes actividades para ouvir e envolver pessoas no processo de construção do acampamento.
Vê a nossa convocatória e preenche o formulário para fazeres parte da construção do Acampamento 1.5: https://www.climaximo.pt/acampamento-1-5/