Portugal é o país que mais arde na zona do Mediterrâneo. Em 2017, morreram mais de 100 pessoas e arderam 500 mil hectares de floresta. A época de incêndios alarga-se cada vez mais para períodos anormais. 1/3 da nossa floresta é eucaliptal, sendo o eucalipto também uma das melhores matérias-primas para a pasta de papel, indústria portuguesa bem conhecida pela sua enorme influência. Portugal é o país europeu com menor área pública florestal. Em 2018, o setor do papel e da celulose gerou lucros líquidos de 372 milhões de euros.
A desertificação, que agrava o fogo, é o único horizonte possível sob o sistema capitalista, cuja cegueira pelo lucro não irá permitir soluções e reparações justas para as pessoas.
A Caravana pela Justiça Climátiva vai passar por…
- Complexo industrial da Navigator na Figueira da Foz. A Navigator é a empresa nº1 em Portugal em termos de emissões, e esta infraestrutura posiciona-se no top 20 das mais poluentes.
- O complexo industrial da Celbi (indústria da celulose) na Leirosa.
- Central termoelétrica de Lares, da EDP. É a 4ª infraestrutura mais emissora do país, que produz energia através da queima intensiva de gás fóssil.
- Pedrógão Grande, palco de um dos mais mortíferos incêndios florestais em Portugal.
- Vila Velha de Ródão, onde estão fábricas da Navigator e da Celtejo, donas do monopólio da celulose e grandes exportadoras da pasta de papel que ateia em fogo as nossas florestas.
- Central de Ciclo Combinado do Pego, da Trust Energy. Nesta Central, o gás fóssil é queimado a toda a velocidade de forma a bloquear uma transição energética para um país 100% gerido por energias renováveis.
- Centro de produção da CIMPOR em Alhandra, a 4ª empresa mais emissora.
Podes apoiar esta iniciativa aqui: https://opencollective.com/climaximopt/projects/caravana-justica-climatica
Mais info sobre a Caravana: https://www.caravanaclima.pt/