Entre dias 7 e 20 de novembro, a coligação “Unir Contra o Fracasso Climático” organizou uma quinzena de ações. Nesta quinzena, abrimos uma discussão ampla sobre o fracasso climático em que vivemos. Fizemos ações, ocupámos escolas e faculdades, marchámos.
Climáximo contribuiu para a quinzena em várias formas: ajuda logística, sessões nas ocupações sobre diversos temas, preparação da Marcha contra o Fracasso Climático, co-organização da manifestação Parar o gás, fora Costa Silva, participação na ação contra jatos privados, organização da assembleia aberta no fim da quinzena, etc. . Contudo, não conseguimos contribuir com ações fortes organizadas pelo Climáximo. Nós vamos continuar a avaliar o nosso papel no movimento pela justiça climática, mas entretanto o movimento continua a crescer.
Vivemos num fracasso político e social. Temos delegado a nossa soberania aos políticos e às empresas. Eles nos falharam. À nossa frente está o abismo do colapso climático.
Somos honestas sobre a nossa situação:
1. Eles já falharam. São os responsáveis do colapso civilizacional, por ação criminosa (e.g. novo gasoduto e expansão aeroportuária) e por inação criminosa (e.g. não ter planos para encerramento das centrais a gás e permitir jatos privados).
2. O falhanço é nosso, da sociedade em si, por termos delegado o nosso poder aos criminosos.
A quinzena interrompeu a “normalidade” para criar ar para discutirmos o fracasso climático em que vivemos. Na assembleia contra o fracasso climático, no fim da quinzena, várias propostas foram no sentido de agirmos agora para travar os crimes.

A campanha Gás é Andar para Trás lança atividades do próximo ano com foco em parar o gás. Isto passa por travar o projeto de gasoduto e por insistir numa transição justa para as quatro centrais à gás.

A campanha ATERRA destaca que aviação é a forma mais eficaz e mais injusta para queimar o planeta. E mesmo dentro da aviação, há formas mais “eficientes” que outras nesse sentido:
A campanha vai focar-se nos jatos privados e nos voos de curta distância. Nenhum deles deveria ter existido em primeiro lugar, e ambos devem deixar de existir de imediato.
Na assembleia, foram também lançadas as preparações da nova onda de ocupações do movimento Fim ao Fóssil – Ocupa!, para a Primavera de 2023.
A assembleia divulgou também três iniciativas já marcadas:
A campanha Empregos para o Clima organiza uma formação online em transição justa no dia 21 de Novembro às 18h30, para apresentar os resultados do relatório da campanha que mostram como é possível criar 200 mil novos empregos dignos para cortar as emissões de Portugal em 85% até 2030.
No dia 29 de Novembro, às 14h00, as quatro ativistas detidas na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa vão ao tribunal. Está convocada uma concentração de solidariedade no Campus da Justiça.
Nos dias 10 e 11 de Fevereiro, o movimento vai reunir de novo, no 8º Encontro Nacional pela Justiça Climática, em Coimbra. Este Encontro vai marcar a agenda do movimento pela justiça climática para o ano de 2023.


