No próximo dia 1 de Abril marchamos pelo direito à habitação e a casas para viver!

A luta pela justiça climática reivindica o direito universal a casas decentes para vivermos. A crise do custo de vida, desencadeada pela indústria fóssil e em particular pelo gás fóssil, repercute-se por toda a economia que foi deliberadamente viciada em monopólios fósseis que criaram, em 2022, os maiores lucros de sempre.

Em Portugal, a habitação é um dos elos mais fracos desta situação. A decisão dos governos de entregar a habitação aos mercados e de transformar cidades inteiras em hotéis e alojamento locais devastou a função social da habitação. A escolha dos bancos centrais de aumentar as taxas de juro para combater a inflação desencadeada pelo gás e aproveitada por especuladores e açambarcadores empurrou a habitação da beira do precipício onde já se encontrava.

A crise climática agravará ainda mais preços e empréstimos, porque os governos decidirão sempre salvar o sistema financeiros e a elite capitalista, mesmo perante o desastre social. Porque precisamos casas para toda a gente, casas que não sejam congeladas por pobreza energética ou inabitáveis por calor no verão, precisamos planos de reconversão e reabilitação de casas em grande escala. Precisamos de fazer isto não para abrigar mais turistas, mas para exercer o direito à habitação dignas de todas as populações, e não só das que têm dinheiro.

Para acabar com a crise do custo de vida, precisamos construir um novo sistema energético para o povo, sem gás natural ou outros fósseis, precisamos garantir que o próximo é o último inverno de gás. Precisamos que a eletricidade seja de origem 100% renovável e sob o controlo público, como um serviço público essencial. Esse é um passo decisivo para o exercício do direito à habitação, à cidade e para combatermos a crise do custo de vida, que mais não é a crise provocada pelos maiores lucros de sempre de quem está a destruir o nosso futuro.

Dia 1 marchamos, pelo direito a casas para viver, pelo último inverno de gás e por um plano para travar o caos social e climático deste sistema.

Ponto de encontro do Bloco pela Justiça Climática: às 14h45, na escadaria da igreja universal do reino de deus.