Acampamento 1.5 – F.A.Q.

  • O que é?

O Acampamento 1.5 é um acampamento de ação pela Justiça Climática e contra o Capitalismo fóssil, no Litoral Alentejano e em Portugal.

  • Porquê?

Este verão decidimos focar a nossa ação no litoral alentejano. Esta região é um dos expoentes máximos do capitalismo fóssil em Portugal.

Isto reflete-se nas monoculturas de alimentos e de painéis solares, na má gestão da água e dos solos, no trabalho precário nas estufas, na falta de transportes públicos, no encerramento de infraestruturas sem qualquer plano de transição justa para as trabalhadoras e comunidades locais, nos resorts de luxo e campos de golfe que está previsto serem construídos, e no aumento da capacidade do Porto de Sines que importa gás fóssil e transporta animais vivos por milhares de quilómetros. A tudo isto ainda se soma o facto de a infraestrutura nacional com maior emissão de gases com efeito de estufa, a refinaria da GALP, estar em Sines. Podes ler mais sobre estas problemáticas aqui.

  • Quando?

Vamos acampar em Melides de dia 6 a 10 de julho, de 2022.

  • Onde?

Em Melides – no terreno da feira de Melides (coordenadas 38.154144, -8.730468) Em frente ao restaurante “Quinta do Lourenço”.

  • Quem?

O acampamento é organizado pelo Climáximo, com a ajuda de muitas voluntárias que se juntaram às várias equipas de trabalho.

A Convocatória do acampamento conta com a subscrição de várias dezenas de organizações nacionais e locais:

Academia Cidadã | AmbientalIST | ASPEA – Associação Portuguesa de Educação Ambiental | CIDAC | Circular Economy Portugal | A Coletiva | Dunas Livres | Frente Ativa pela Libertação Animal | GAIA – Alentejo | GAIA – Lisboa | GEOTA | Greve Climática Estudantil Lisboa | Habita | Humans Before Borders | Juntos Pelo Sudoeste | Marca – ADL | NAPA – Núcleo Académico pela Proteção Ambiental | NASP – Núcleo de Alunos de Sociologia do Porto | PATAV – Plataforma Anti-Transporte de Animais Vivos | Pólen no ArPrecários Inflexíveis | ProTEJO | PT Revolution TV | SOS Racismo | STCC – Sindicato de Trabalhadores de Call Center | Tamera | Plataforma TROCA

  • Porque não vais querer perder este acampamento?

Este acampamento marcará o movimento pela justiça climática em Portugal, e no Litoral Alentejano. Vamos, de forma criativa, disruptiva e performativa, montar ações diretas não violentas para todos os gostos e feitios, sobre as problemáticas prementes nesta região. Vem também ouvir testemunhos dos impactos do capitalismo no litoral alentejano. Tudo isto acompanhado de vários momentos de convívio, culturais, musicais e de lazer, pois consideramos importante que as relações entre ativistas seja reforçada a todos os níveis.

  • O que vai acontecer?

Este será um acampamento de ação, para 1.5 °C. Vamos preparar e executar ações diretas, nas quais juntas e com força e criatividade exigiremos que os interesses das pessoas e do planeta sejam postos à frente dos do lucro. Voltaremos à refinaria de Sines, para exigir uma transição justa, guiada pela ciência climática, dirigida por justiça social e liderada pelos trabalhadores e trabalhadoras. Além disso, poderás contar com momentos de testemunho, debate, formação, convívio e partilha. Neste acampamento vamos coletivamente pensar e definir os próximos passos para o movimento pela justiça climática em Portugal, para que este saia mais forte, mais motivado e mais capacitado.

  • Qual o programa para os 5 dias?

O programa do Acampamento 1.5 está organizado por eixos: “1.5 ºC pelo Futuro”, “1.5 ºC vs Capitalismo”, “Nas Ruas por 1.5 ºC”, e “Próximos passos por 1.5 ºC”.

O eixo “1.5 ºC pelo Futuro” iniciará o acampamento com um Plenário de Abertura, que vai introduzir o programa de atividades, assim como a política de espaço seguro, e as tarefas logísticas, de trabalho reprodutivo e de cuidados que permitirão que este evento aconteça de forma segura, confortável, e interessante para todas as pessoas. No segundo dia, teremos um espaço para sessões temáticas, dinamizadas por diferentes organizações sobre “Visões, Alternativas e Caminhos”. Este eixo inclui também o Espaço Criança, que terá um programa próprio.

O eixo “1.5 ºC vs Capitalismo” visa explorar a ligação entre o sistema Capitalista e a Crise Climática, através de uma sessão sobre “Capitalismo e Clima” e um plenário “Impactos e Testemunhos” que contará com a presença de trabalhadores e pessoas de comunidades afetadas por diferentes problemáticas prementes no Litoral Alentejano, e que nos vêm contar as suas experiências.

O eixo “Nas Ruas por 1.5 ºC” pretende preparar e executar ações diretas. Neste sentido contará com sessões de formação de ação, de introdução à desobediência civil, ensaios de ação, e sessões de materiais. Além disso, neste âmbito organizaremos um plenário de ação “Por 1.5°”, em que, vamos expor e discutir as razões pelas quais nos organizamos, para, no dia seguinte voltarmos à Refinaria, assim como, o porquê de, na parte da tarde de dia 9, nos juntarmos em Sines numa manifestação “Por 1.5 ºC, fim ao Capitalismo”. Ainda, durante o acampamento haverá espaço e tempo para os participantes prepararem outras ações.

O eixo “Próximos passos por 1.5 ºC” vai acontecer no último dia do acampamento. Este inclui o Plenário Final: Debriefing e Próximos Passos, onde vamos fazer um wrap-up e debriefing do dia de ação e manifestação e vamos falar e propor próximos passos para o movimento pela Justiça Climática em Portugal e no Litoral Alentejano. Além disso, vamos ter uma sessão sobre “Como construir um movimento”.

Debriefing é um método coletivo de, pouco depois uma ação ou evento, rever os acontecimentos, recolher experiências, partilhar emoções sentidas antes durante e pós os acontecimentos, e partilhar e refletir aprendizagens.
  • Quem pode participar?

O acampamento é aberto a todas as pessoas, contudo é de inscrição obrigatória. 

Este é um acampamento de ação, mas qualquer pessoa, com ou sem experiência pode e deve juntar-se. Durante o acampamento teremos as formações e ensaios necessários para que qualquer pessoa interessada se possa juntar. A ação terá várias miniações com diferentes níveis de disrupção, pelo que permitirá a participação de todas as pessoas. Contudo, aconselhamos a que apareças no acampamento logo no dia de abertura, para poderes participar nas formações e ensaios. Caso contrário, poderás ainda juntar-te à ação, mas com algumas limitações.

  • Posso levar crianças?

Sim! Vamos ter um espaço Criança, com programa próprio.

  • Devo aparecer do nada?

O acampamento é aberto mas é de inscrição obrigatória, pelo que pedimos aos interessados que se inscrevam com antecedência. Se soubeste do acampamento apenas alguns dias antes podes ainda juntar-te, aparecendo e inscrevendo-te na tenda de inscrições. Contudo, nesse caso não podemos garantir que ainda haverá refeições e transporte disponíveis, visto que estas vão ser planeadas consoante o número de inscrições, antes do início do acampamento.

  • Como nos organizamos?

Nós organizamos-nos via Assembleias Abertas, que aconteceram frequentemente desde Fevereiro. Estas assembleias foram dinamizadas pela Equipa de coordenação do processo de organização do acampamento, mas contaram com a presença de pessoas de outros coletivos e organizações, assim como de pessoas individuais. Aqui podes ver a estrutura organizativa pré-acampamento, cujas equipas estiveram abertas à participação de todas as interessadas.

  • Como posso ajudar?

Inscreve-te já no formulário de inscrição e voluntaria-te para as equipas.

No próprio acampamento também vamos precisar de ajuda. Podes ver aqui a estrutura organizativa do acampamento, e podes voluntariar-te para as diferentes equipas. Podes fazer isto através do formulário de inscrição, na tenda de receção, à chegada do acampamento ou mandando email para  acampamento1.5 [-at-] climaximo [-ponto-] pt. 

Também podes apoiar esta iniciativa no Open Collective.

  • Como chegar?

Podes ir de comboio até Grândola e lá teremos um autocarro para te levar até ao acampamento. Este autocarro funcionará apenas na quarta-feira (dia 6) e sexta-feira (dia 8) e os horários terão em conta os comboios que cheguem a Grândola. A informação concreta dos horários será enviada no kit de boas-vindas que receberás após a inscrição. Depois, no dia 10, último dia do acampamento, um outro autocarro irá levar-te de volta a Grândola.

  • Quando chegar?

Idealmente deves chegar na quarta-feira (dia 6), quando começa o acampamento, mas entendemos que isto não é possível para todas as pessoas.

Se queres fazer parte da ação, e não tens experiência com ações diretas de desobediência civil deves estar no acampamento na quarta-feira (dia 6) para participares na formação de “Introdução à desobediência civil”, dia 7 de manhã.

Se queres fazer desobediência civil e já tiveste esta formação anteriormente deves chegar o mais tardar na quinta-feira à tarde, para estares no Plenário de dia 7, onde vamos explicar o que vai acontecer e como te podes envolver na ação, e deves participar nas formações de ação que acontecem na sexta-feira ao longo do dia.

Se chegares apenas sexta-feira podes ainda juntar-te â ação de dia 9, mas não poderás fazer desobediência civil.

Contudo, nós só podemos fornecer transportes apartir de Grândola na quarta-feira (dia 6) e sexta-feira (dia 8). Os horários terão em conta os comboios que cheguem a Grândola. A informação concreta dos horários será enviada no kit de boas-vindas que receberás após a inscrição.

  • O que trazer?

Tenda, saco-cama e colchão para dormires confortavelmente. Deves ter em atenção que o terreno onde vamos acampar é gravilha, por isso apesar de termos locais para nos sentarmos, pode ser bom trazeres uma almofada. A almofada pode ajudar-te a estares mais confortável nos vários locais do acampamento. Depois, devido ao calor, traz um chapéu, protetor solar, garrafa de água e algum agasalho, pois as noites terão vento e podes ter frio. Deves também trazer um borrifador, para nos borrifarmos com água durante o dia, e repelente de mosquitos, de preferência um que seja apropriado para áreas tropicais, pois os arrozais circundantes atraem muitos insetos. Leva também um copo/caneca para usares durante o acampamento.

  • Vai haver comida?

Sim, vai. A comida será vegana e o menu está a ser preparado por ativistas. Durante o acampamento precisaremos de pessoas voluntárias para ajudar quem está na cozinha. Teremos, na tenda de receção, um local onde te podes voluntariar para ajudar em algum dos turnos. 

  • Quais os custos?

É por donativo livre. O custo estimado de 8€ por dia garante pequeno almoço, almoço, lanche e jantar mas não iremos negar comida a ninguém que se tenha inscrito. Assim, o valor sugerido é de 32€ para quem for do princípio ao fim. Podes, ainda assim, contribuir com o valor que aches mais justo.

  • Qual é o orçamento deste acampamento?

Estimámos um valor inicial de 24 000€, tendo em conta comida para 400 pessoas para os dias todos, custos com transportes, logística (sombras, lonas, cadeiras, mesas e materiais de ação), autocarros, instalação de duches e divulgação. Neste momento já conseguimos garantir vários materiais emprestados, sendo que já conseguimos reduzir bastante o orçamento estimado. Podes consultar o orçamento transparente aqui.


Formações, treinos, acções, debates, convívio e mais.
Lê sobre a necessidade e a origem deste acampamento.
Lê os textos preparados pelas organizações subscritoras e outros.
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Preenche o formulário de inscrição e faz o teu donativo livre.
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