7% dos países mais ricos do planeta são responsáveis por 50% das emissões globais de gases de efeito de estufa.
Os efeitos destas emissões fazem-se sentir sob a forma de eventos meteorológicos extremos cada vez mais frequentes e intensos (secas, inundações, ondas de calor, supertempestades, tufões e maremotos), incêndios florestais, subida global do nível das águas, extinções massivas de biodiversidade. E nos impactos destes eventos sobre a escassez dos recursos básicos (comida, água, cuidados de saúde), a proliferação de epidemias, a destruição e submersão de comunidades costeiras, a criação de massas de refugiados. Estes efeitos são sentidos primariamente pelas populações mais desfavorecidas e vulneráveis do mundo, com menos poder económico e político para resistir e se adaptar às alterações.
A crise climática é acima de tudo uma crise de justiça material e social. Os maiores responsáveis pelas emissões globais de gases de efeitos de estufa (as petrolíferas e as grandes indústrias de armamento, automóvel, de aviação e transporte marítimo) expandem a sua atividade e o seu lucro ao contribuir ativamente para a morte, desenraizamento e despojamento das populações mais pobres, que precisamente menos impacto ecológico provocam. Enquanto isto acontece, as seguradoras e imobiliárias asseguram ganhos ascendentes com soluções de proteção contra eventos metereológicos extremos talhadas para os mais ricos.
A luta pela causa climática é assim a luta fundamental contra a injustiça social e económica. É a luta contra o agravamento das desigualdades, contra a privatização dos recursos básicos, contra a delapidação do bem público em prol de interesses privados. É uma luta que partilha, alimenta e magnifica a chama de todas as lutas sociais e políticas em favor de uma justa distribuição dos recursos e dos direitos, seja em nome de proteger a habitação, os transportes públicos, os direitos laborais, as sementes ou propriedade intelectual livres. Somos todos parte de um mesmo movimento social à escala global, que combate os abusos e desigualdades sistémicas do capitalismo desregulado. A nossa luta é a mesma luta.
Utilizamos este espaço no blogue para expressar a nossa solidariedade e deixar claras as ligações com outras causas e movimentos nesta grande luta política comum. Se tens um texto ou link para contribuir, escreve-nos para climaximo(at)riseup.net
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2019
- Emergência da Floresta da Amazónia: Ação Vegan Dia dos Namorados (14 de fevereiro)
2018
- Lutar por uma transição alimentar justa (17 de dezembro)
- Comboio, mais justo e mais ecológico – caminho ascendente (3 de outubro)
- Climáximo convoca para a Manifestação pela Habitação (22 de setembro)
- Crise climática é racista: Junta-te à mobilização nacional de luta contra o racismo. (15 de setembro)
- Quem manda nesta democracia? (10 de janeiro)
2017
- CETA, ou C.omo as E.mpresas T.rucidam o A.mbiente (24 de setembro)
- Carta Aberta de Cientistas pelo Clima (24 de abril)
- A defesa dos direitos da Terra, a par com a defesa dos direitos das mulheres: Duas lutas, uma visão. (5 de março)
2016
- Por Direitos Iguais e Documentos para Tod@s! (13 de novembro)
- Precariedade? Nem para os Estivadores, nem para ninguém! (18 de junho)
- A luta contra a pecuária industrial na luta por uma mudança de sistema (4 de junho)
- Tratados de comércio livre para lixar (ainda mais) o planeta (27 de maio)
- 35 horas já! No público e no privado. (23 de maio)
- Marcha Global Contra a Monsanto (21 de maio)
- Solidariedade com o SNTSF e Convocátoria para o cordão humano (28 de janeiro)
2015
- Refugiados bem-vindos (12 de setembro)
- Solidariedade com Santa Filomena (15 de julho)