No próximo dia 21 de Maio celebra-se o Dia da Marcha Global contra a MONSANTO, que une cidadãs e cidadãos de todo o Mundo num protesto contra o modelo agro-industrial promovido pela empresa multinacional MONSANTO, que a par de tantas outras atenta contra a vida e soberania alimentar dos povos. No seguimento do lançamento da iniciativa popular do Tribunal MONSANTO, realizar-se-á em Lisboa uma conversa entre ativistas e académic@s sobre o impacto social e ecológico da MONSANTO em Portugal, com o intuito de identificação de um caso a ser apresentado em Tribunal. Após a conversa, haverá uma concentração junto ao Parque Eduardo VII onde se realizará um concerto, temperado com acepipes cultivados e cozinhados sem tóxicos.
A luta contra empresas multinacionais que praticam agricultura industrial faz parte da luta pela justiça climática. O atual sistema alimentar, motivado pela maximização de lucros, faz com que agricultores e outros trabalhadores paguem os custos deste risco económico e/ou ecológico: Se os preços descem, nós pagamos. No caso de uma seca, nós pagamos. O mesmo se repete no caso de vir uma tempestade e destruir as culturas. No entanto se nada de mal ocorrer, eles (MONSANTO) lucram, e nós ficamos rendidos a um clima ainda mais instável, amplificado pelo impacto da manipulação excessiva e imprudente dos recursos naturais.
O modelo agrícola das multinacionais é uma situação de ganho exclusivo para as mesmas: estas instauram uma economia de dívida contínua, através da manipulação de patentes de sementes e cobrança de dividendos de trabalhadores de pequena escala. Sem qualquer atenção ao ambiente em que se inserem e ao clima que as rodeia, e não pensando na escala mais ampla da sobrevivência do planeta, estas multinacionais usufruem de todos os recursos disponíveis para cumprirem a sua ação, passando de forma implacável por cima de todos os sistemas vivos. Se não pararmos o aquecimento global agora, as alterações climáticas farão com que a nossa situação de perda se agrave ainda mais.
Criar e defender formas resilientes e conscientes de produção alimentar, como a agro-ecologia, não só é essencial para mitigação e adaptação às alterações climáticas, mas também para que reconquistemos a soberania alimentar, que agora mais do que nunca é posta em causa.
É por estas razões que o Climáximo divulga, convoca, apoia e participará nas iniciativas do Tribunal Monsanto.