ACÇÃO NO PORTO: Ativistas serviram “coquetail de petróleo” e “água com gás de fracking” na conferência com Obama sobre alterações climáticas

À entrada da conferência “Climate Change Leadership Summit” no Porto, ativistas do Climáximo serviram bebidas falsas que representam as verdadeiras políticas climáticas do governo português e do Obama. A acção sublinhou as contradições entre os discursos e as acções dos governos.

Esta sexta-feira, o Coliseu no Porto foi palco duma conferência internacional, “Climate Change Leadership Summit”, em que o ex-presidente dos EUA Barack Obama foi convidado especial.

Contudo, foi durante a administração do Obama que foi lançada uma “revolução de gás de xisto”, i.e. o uso de fracturação hidráulica para extrair gás fóssil. Obama teve um discurso contra o carvão que serviu para criar uma imagem verde da sua administração, mas como os activistas do Climáximo sublinham:

Um nível de 3% de fugas durante a extracção ou o transporte [do gás] implicaria mais emissões do que as do carvão. Os dados mostram que entre 3.6% e 7.9% do gás escapa para a atmosfera durante a exploração. O gás é uma boa ideia para a indústria petrolífera, mas uma ideia horrível para o clima.

Obama aumentou as emissões dos EUA, manteve e fortaleceu o status quo da indústria de combustíveis fósseis, e depois entregou-o a Trump.

Por outro lado, os activistas destacam que

o governo português fechou os olhos às manifestações contra o furo de petróleo em Aljezur, ignorou todas as consultas públicas em que as populações e autarcas se opuseram ao furo, renovou o contrato caducado da ENI/GALP e permitiu que as operações avançassem sem avaliação de impacto ambiental.

Climáximo, colectivo pela justiça climática, denuncia os discursos “verdes” dos políticos que seguem políticas destrutivas na direcção do caos climático.

Na entrada da conferência, ativistas do Climáximo serviram “coquetails de petróleo” e “água com gás de fracking”, em representação do discurso que será “servido” dentro: palavras bonitas e “ambiciosas” mas em essência cheias de combustíveis fósseis.

Climáximo exige o impedimento imediata do furo de Aljezur, o cancelamento dos todos os contratos de petróleo e gás, e uma transição rápida e justa para energias renováveis.

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