Jair Bolsonaro, o presidente do Brasil, não nega a sua intenção de fazer crescer a agroindústria em detrimento do meio ambiente. Já declarou abertamente que irá eliminar os ativistas no país e diminuir a fiscalização e as multas à indústria. Afirmou o seu desrespeito pela Constituição ao negar aos índios e quilombolas o direito a terras demarcadas. Já ameaçou acabar com o Ministério do Meio Ambiente, e apesar de não ter cumprido a ameaça, desmantelou algumas das suas estruturas e nomeou para esta pasta uma figura condenada pela justiça por beneficiar empresários ligados à mineração. Entregou também outras pastas estratégicas a pessoas não qualificadas, tais como a Ministra da Agricultura (que num mês já aprovou 28 agrotóxicos antes não utilizados), enquanto no Ministério de Relações Públicas extinguiu a subsecretaria que tratava das alterações climáticas.
O seu governo cumpre aparentemente com o prometido em campanha. Avança a qualquer custo com a destruição da floresta Amazónica, o sacrifício de milhares de vidas que ali habitam e o esgotamento dos recursos naturais, para manter uma economia alimentada por matérias-primas, cujo lucro é repartido por uma minoria. Desenvolvimento económico não é sinónimo de desenvolvimento social. O Brasil, como os demais países do Sul Global, sofre com as políticas impostas pelos países do Norte Global. Em vez de cumprir com a responsabilidade de conservar a Amazónia, cujo impacto alcança todo o planeta, o atual presidente não se envergonha de baixar a cabeça perante países como os EUA e manter as suas políticas irresponsáveis mesmo num momento em que todos os olhos estão voltados para as mudanças climáticas a ocorrer pelo Mundo.
O Climáximo está em total desacordo com as políticas praticadas pelo governo brasileiro, e apoia a ação pacifica que irá ocorrer na próxima quinta-feira (14/02) às 11 horas em frente à embaixada do Brasil.