Esta manhã, activistas em representação dos povos indígenas e dos animais da floresta amazónica foram ao encontro do diretor executivo da BNP Paribas em Portugal, com o intuito de retribuir a visita dos credores que, através dos seus bilhões em investimentos, invadiram a sua casa e os expulsaram de lá.
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A floresta da Amazónia é reconhecida mundialmente pela sua exuberante biodiversidade, onde se encontram cerca de 45 mil espécies de plantas e animais vertebrados. É a maior floresta tropical do mundo, com um território que se estende por 9 países, responsável por cerca de 20% de toda a diversidade da fauna do planeta, incluindo muitas espécies de animais ameaçadas que se encontram em vias de extinção.
Grandes instituições financeiras dos EUA e UE concedem crédito a grandes exportadores de carne bovina brasileira, de soja, de couro, de madeira, de açúcar e a indústrias de mineração. A BNP Paribas é a maior instituição financeira responsável por fornecer mais de US$ 1 bilhão em crédito para os comerciantes de bens e mercadorias ligados diretamente à exploração da floresta na Amazónia.
O BNP Paribas (banco francês presente em Portugal desde 1985) está entre os 5 maiores bancos do mundo a servir como principais credores para o financiamento da exploração da floresta na Amazónia. É também dos principais investidores accionistas da JBS e Minerva, que estão entre as três principais processadoras de carne bovina do Brasil, com operações importantes no território.
Para “retribuir a visita”, activistas em representação dos povos indígenas e dos animais da Amazónia foram à sede do BNP Paribas no Centro Comercial Colombo e exigiram uma reunião com o CEO do banco. Não lhes foi permitido a entrada: oos bancos e as indústrias que eles financiam nunca pediram licença antes de entrar na Amazónia, apesar de atitude contrário quando as populações da Amazónia quiseram entrar no banco.
Estamos perante um Fracasso Económico Mundial. #WorldEconomicFailure A indústria financeira mundial não consegue dar resposta às necessidades dos seres humanos e dos ecossistemas. A crise climática agrava os problemas sociais e ambientais já existentes e exacerba a urgência de agir antes do colapso civilizacional. O Climáximo exige o fim destes financiamentos e que, em vez de perpetuar a contribuição para o agravamento das alterações climáticas, se alterem os sistemas exploratórios existentes, num contexto de respeito pelos povos indígenas e pelas respetivas terras indígenas, bem como pelos ecossistemas existentes, incluindo os animais que neles habitam. Toda esta diversidade está ameaçada e as alterações climáticas caminham para níveis catastróficos, graças à conivência de líderes mundiais que aceitam que sejam os gigantes do investimento a determinar o rumo da humanidade.