Joel Fitzgibbon, o porta-voz do partido trabalhista australiano para os recursos, diz que um objectivo de redução de emissões para 2030 se tornou irrelevante. Recusou metas concretas para 2035 ou algum ponto intermédio, apontando apenas que nas próximas eleições o partido, oposição ao governo liberal de Scott Morrison, apresentará uma política que possa ser acolhida pela maior parte dos australianos. Diz ainda que a redução de emissões não será linear e têm sido feitas referências à importância das minas de carvão do país e da manutenção de empregos, num apelo à base eleitoral trabalhista. Isto significa um retrocesso em relação ao discurso pré-eleitoral de 2019, em que as promessas do partido eram de neutralidade carbónica em 2050, o cumprimento do Acordo de Paris e políticas consistentes com a ciência climática.
O processo das rendas excessivas da EDP está há cerca de oito anos a ser investigado pelo DCIAP.
Países da União Europeia dão anualmente o equivalente ao orçamento europeu em subsídios e isenções fiscais. A equipa internacional de jornalismo “Invesgate Europe”, investigou a atribuição de subsídios a combustíveis fósseis na União Europeia.
A maior parte do Parlamento votou contra a suspensão e o cancelamento das explorações de petróleo e gás em Portugal, nomeadamente na Bajouca e em Aljubarrota. Foram apresentados dois projectos de resolução para cancelar as concessões (BE e PEV) e um projecto de lei para suspender as concessões para ser criado uma entidade pública petrolífera (PCP). A proposta do BE foi chumbada com votos negativos do PS, PSD, CDS-PP, Chega e abstenção da Iniciativa Liberal. A proposta do PEV foi chumbada com votos contra do PS (excepto 5 deputados da JS) e do CDS, com abstenções do PSD, Chega e IL. A proposta do PCP foi chumbada com votos contra de PS, PSD, CDS-PP, Chega e a abstenção do Iniciativa Liberal. Depois de um período pré-eleitoral e eleitoral em que a maior parte destes partidos, e em particular o PS, encheu a boca para falar de alterações climáticas e descarbonização, eis a resposta concreta: uma política de carbonização, de mais emissões.
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