Publicidade falsa em Lisboa, que denuncia papel da Galp no conflito em Cabo Delgado e fecho da Refinaria de Matosinhos, recebida com solidariedade pelos coletivos ativistas Justiça Ambiental e Climáximo.
Partilha o vídeo nas redes sociais e ajuda a divulgar a verdade sobre a Galp:
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Uma empresa CO2lonialista que não garante nem transição energética nem justiça social.
PARTILHA para ajudarmos a Galp a contar a verdade no #diadasmentiras
// Cabo Delgado:
+10% emissões Moçambique até 2022
550 famílias deslocadas
+ indignação, onde terrorismo recruta
2 mil milhões de dólares em corrupção para Governo Moçambique, via Credit Suisse e VTB bank
jornalistas a reportar gás são desaparecidos, detidos e torturados
Intervenção externa militar de Portugal que salva empresas em vez de pessoas
// Matosinhos:
Fecho de refinaria por razões económicas
Sem envolvimento trabalhadores
Sem alternativas de trabalho
A Galp quer ainda DUPLICAR PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS, nas ex-colónias portuguesas, nos mesmos 10 anos em que temos que CORTAR A METADE EMISSÕES GLOBAIS.
// Reivindicamos:
– saída imediata de Cabo Delgado
– controlo público e desmantelamento planeado
– gestão democrática com trabalhadores e comunidades afectadas pela transição e pela crise climática
Comunicado
“O nosso futuro é CO2lonialismo” e “mais lucro, menos pessoas” são as frases que se podem encontrar esta manhã em painéis publicitários falsos por Lisboa, com a imagem de marca da empresa portuguesa Galp. Nos painéis podem ler-se os slogans da Galp, com o lema #PartilhaBoaEnergia a aparecer num cartaz referente a Cabo Delgado, e #LifeAtGalp no que refere despedimentos e distribuição de lucros.
Trata-se de uma ação inserida na campanha internacional #CleanGasIsADirtyLie que ocorreu neste dia das mentiras, em 10 países por toda a Europa, e que visa “ajudar a indústria do gás fóssil a finalmente dizer a verdade sobre o gás “natural””.
“Não é possível dissociar o que se passa em Cabo Delgado do projeto de gás internacional onde a Galp tem uma participação, com parte da construção a cargo das empresas portuguesas Mota-Engil e Gabriel Couto, e o financiamento do Millenium BCP”, revela taxativamente Daniel Ribeiro, ativista no coletivo moçambicano Justiça Ambiental.
Daniel refere ainda que “o padrão colonial” se mantém, visto que “as decisões em Portugal agravam o impacto da crise climática nas populações das suas ex-colónias” (a avaliação de Impacto Ambiental do projeto de gás em Moçambique refere que este aumentará as emissões de gases com efeito de estufa de todo o país em 10% até 2022), “expropriaram 550 famílias, fertilizando a indignação que o terrorismo converte em ação; contribuem directamente para a corrupção em África”, referindo-se à transferência para o Governo Moçambicano de 2 mil milhões de dólares pelo banco Credit Suisse e VTB bank, e “deterioram a liberdade de imprensa, com os desaparecimentos, detenções e torturas de jornalistas que relatam sobre a indústria do gás em Cabo Delgado”. Daniel remata dizendo que “no final do dia, ainda vêm com intervenções militares internacionais que salvaguardam primeiro os interesses das empresas e em último os das comunidades que nada beneficiaram durante anos do investimento estrangeiro e agora são arrastadas para mais uma desgraça que é o conflito armado”.
A solidariedade dos ativistas moçambicanos da Justiça Ambiental junta-se à dos portugueses do Climáximo, como Mariana Rodrigues, que afirma que “não deixa de ser irónico que seja precisamente no dia das mentiras que alguém vem dar um empurrão a que a verdade sobre a Galp seja dita”. Acrescenta ainda que “o que se passa com a Galp não é nem transição energética nem é justiça social” porque “fechou a refinaria de Matosinhos apenas por razões económicas, sem qualquer tipo de alternativas para quem depende daquele trabalho” e “quer duplicar a exploração de petróleo e gás nos próximos dez anos nos mesmos países que Portugal colonizou no passado, onde estão algumas das comunidades que são menos responsáveis e mais vulneráveis em todo o Mundo”.
Justiça Ambiental e Climáximo revelam-se totalmente solidários com esta ação porque “se a Galp fosse tão sustentável como se diz, teria um compromisso já firmado há anos em relação a uma produção 100% renovável, garantiria emprego a todas as pessoas afectadas por essa transição, requalificando-as para a produção renovável, e indemnizaria todas as comunidades que afectou diretamente ao longo das seus várias décadas de danos causados”.Os ativistas defendem assim que uma “transição justa descolonial” na Galp implicaria “a saída imediata de Cabo Delgado, o seu controlo público e desmantelamento planeado, através de uma gestão democrática que envolva os trabalhadores, as comunidades afectadas pela transição e as comunidades afectadas pela crise climática e que prioritize o bem-estar e crescimento das pessoas e dos ecossistemas, em detrimento dos lucros da empresa e crescimento económico”.
PALHAÇOS, PARASITAS.
VÃO MAS É TRABALHAR, A VER SE FAZEM ALGO DE ÚTIL PARA O PAÍS.
Os palhaços entretêm e tornam as pessoas bem dispostas.
Parasitas, para quem viu e compreendeu o filme Parasite, não são a classe trabalhadora nem as ativistas.
Trabalho devem ter tido, bem como gastos. E foi tudo pro-bono! Ou só o trabalho em que recebes algo em troca ($) é que conta como trabalho?
Isto não é só útil para o país como para o nosso planeta.