Não às minas, não às minas, não! – Beatriz Rodrigues

Nos dias 14 a 18 de agosto participei no Acampamento em Defesa do Barroso, na aldeia das Covas do Barroso, no distrito de Vila Real.

Esta foi uma acampada contra a exploração de lítio na região, uma vez que a empresa Savannah Resources pretende lá fazer uma mina a céu aberto, um projeto de destruição que põe em risco os meios de subsistência não só da população local, como das populações que vivem nas margens dos rios Beça, Tâmega e Douro.

Este acampamento contou a presença de cerca de 300 pessoas ao longo dos dias e com várias atividades nas quais tive a oportunidade de participar, desde conversas sobre temas como as lutas anti-mineração em Portugal e na Galiza, mulheres e as lutas por Justiça Climática e campanha Empregos para o Clima, caminhadas pela aldeia e arredores, workshops dos Ritmos de Resistência, oficinas de auto-defesa digital e muito mais!

Algo que achei deslumbrante foi a presença de pessoas de várias partes do país e até do mundo mas, mais importante ainda, a presença das populações locais, que participaram nas atividades, receberam-nos de uma maneira profundamente acolhedora e connosco partilharam a sua luta e as suas histórias. Estavam sempre abertas para vir falar e até cantar connosco na rua.

A luta anti- mineração em Portugal é não só local e junto das populações mais afetadas, como também internacional e em conexão com as lutas de outros locais também afetados, uma vez que todas juntas somos mais fortes e continuaremos a lutar contra projetos destruidores e extrativistas, que nos encaminham a passos largos para o caos climático.

Houve oportunidade para discutirmos ideias, partilharmos pensamentos e lutas em que cada uma das pessoas está envolvida. Foi especialmente gratificante ver novamente tanta gente unida, a lutar pelo mesmo, a lutar por justiça climática.

No último dia, houve uma arruada pela aldeia, onde se juntaram as ativistas do acampamento e a população local na que foi a manifestação mais bonita em que alguma vez participei! O percurso lindíssimo pela aldeia e a união de todas as pessoas que se estavam a manifestar inspiraram-me para continuar a lutar por justiça climática, porque estamos todas juntas nesta luta e não vamos desistir!

 

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