No passado dia 18 de setembro, decorreu o fórum de discussão do Climáximo subordinado ao tema “Os fins justificam os meios?”, no TerraPlantio, em Braga. O objetivo do fórum era discutir que meios de luta são justificáveis em contexto de crise climática, o papel da ação direta e da desobediência civil na luta por justiça social, bem como os fins que queremos atingir e como atingi-los.
Abordaram-se várias soluções para mitigar o colapso climático, como a aposta em novas tecnologias para problemas ainda sem solução, a democratização da produção de energia, a implementação de rotulagem com a indicação do impacto ambiental dos alimentos, o incentivo à publicidade de empresas menos poluentes e, até, a adoção de um rendimento básico incondicional para assegurar uma transição mais justa para a população com mais dificuldades em adaptar-se às alterações climáticas.
As participantes discutiram a importância do recurso à desobediência civil em situações de ameaça iminente, mas demonstraram preocupação com a opinião pública sobre ações disruptivas. Além disso, questionou-se se teremos de forçar a mudança da sociedade com a lei e como a lei também tem um papel em moldar a opinião pública. Com as eleições autárquicas à porta e sem propostas sérias de combate às alterações climáticas por parte dos partidos políticos, as participantes valorizaram a pressão política como ferramenta de luta, tanto a nível nacional como internacional. Em suma, apesar de as participantes se debaterem com a dificuldade em mudar os hábitos de consumo da sociedade, chegaram à conclusão de que a solução está em mudar o(s) sistema(s) (político, alimentar, de produção energética, entre outros).
A pandemia mostrou que podemos mudar rapidamente, mas que precisamos de um catalizador. Que a ação de 18 de novembro seja o catalizador da mudança! A ameaça É iminente! No dia 18 de novembro, VAMOS JUNTAS à refinaria da Galp, em Sines. Assina o compromisso à ação em www.vamos-juntas.pt .