Somos nós aqueles de quem estávamos à espera.
Cerca de 700 pessoas participaram ontem na Marcha Mundial pela Justiça Climática — Lisboa.
“Mudar o sistema, não o clima.” e “A COP é flop. Flop, flop, flop.” gritaram as manifestantes com faixas e cartazes a exigir a redução de emissões, uma transição justa e uma economia com energia 100% renovável.
A Marcha começou no Martim Moniz e percorreu simbolicamente a ciclovia da Avenida Almirante Reis, com muitas ciclistas a participar também. Na Alameda, houve intervenções iniciais baseadas na convocatória. Joana Guerra Tadeu, jornalista e ativista, falou sobre a necessidade de limitar o aquecimento global por 1.5 ºC e a necessidade duma luta forte que implicará uma mudança sistémica. Manuel Afonso, trabalhador e sindicalista, falou sobre a urgência duma transição justa, liderada pelos trabalhadores. Mamadou Ba, do movimento antirracista, chegou ao palco com Alice Santos, mãe do Danijoy Pontes, que morreu na prisão em Lisboa em setembro, e fizeram a ponte entre a justiça racial e a justiça climática, e entre a manifestação antirracista de sábado passado, «Porque morreu Danijoy? Queremos justiça! — Lisboa» e a Marcha.
No espaço reservado às representantes das organizações subscritoras da convocatória pudemos ouvir a Carolina, do Climáximo, que convocou todas para a próxima grande ação de desobediência civil, Vamos Juntas!, a acontecer no próximo dia 18. Nesta ação bloquearemos a estrutura com mais emissões do país, a Refinaria da Galp em Sines. Lembramos que, para garantir a máxima segurança e o sucesso da ação, todas as ativistas que ainda não receberam a Formação em Ação de Massas têm no domingo, 14, a oportunidade de a fazerem, das 10h às 13:30 no Liceu Camões.
Aqui tens toda a informação sobre a ação.
No próximo dia 14, às 19h, teremos um webinar para falar da ação Vamos Juntas, a sua linha política e para responder a várias questões logísticas. Ainda segunda, dia 8, às 21h, teremos ainda um webinar dedicado à reflexão sobre o que esperamos da COP26 e porque temos de ser nós a dar a verdadeira resposta à emergência climática, e não governos e instituições.
Seguimos na luta por um planeta justo e habitável. Somos nós aqueles de quem estávamos à espera!