Vivemos neste momento dois estados de emergência: um declarado pelo governo francês para suprimir liberdades fundamentais; outro da crise climática global.
Curiosamente, nenhum dos dois parece aplicar-se aos governantes políticos. Enquanto as mobilizações de rua foram proibidas, a Cimeira do Clima da ONU (COP-21) e todos os eventos empresariais paralelos irão manter-se inalterados. Os mecanismos de mercado e mercantilização do clima vão ganhar terreno na COP-21, ao mesmo tempo que não existe nas negociações qualquer menção à dívida ecológica, aos subsídios para combustíveis fósseis, ou à justiça climática. Não podemos deixar isto passar sem contestação!
A iniciativa do autocarro para Paris foi cancelada. Mas o Climáximo considera que tem agora ainda mais razões, e mais fortes, para ir. Nós vamos estar em Paris:
- porque temos que tomar de volta a desobedência civil como ferramenta dos povos para mudar o sistema;
- porque precisamos urgentemente de construir um movimento global para a justiça climática;
- porque a última palavra sobre alterações climáticas não pertence aos políticos, pertence-nos a nós.
Temos dificuldades logísticas em suportar a tua viagem, mas se conseguires viajar até Paris durante a COP-21 (30 de novembro a 12 de dezembro), informa-nos de quando lá estarás, para nos encontrarmos contigo lá.