Encontro Nacional pela Justiça Climática: Comunicado Final

O Encontro Nacional pela Justiça Climática reuniu este fim-de-semana mais de 100 activistas e académicos no Instituto de Ciências Sociais em Lisboa. Ao longo dos dois dias do encontro foram definidas algumas das principais prioridades para o movimento pela Justiça Climática: travar a exploração de combustíveis fósseis em Portugal, reforçar a campanha pelos empregos climáticos e impedir a entrada em vigor dos tratados comerciais com o Canadá e os Estados Unidos.

O encontro, que decorreu nos dias 8 e 9 de Abril reuniu activistas e académicos de várias regiões do país e de vários países, aproximando organizações que estão no terreno sobre variados temas.

Depois da exposição da opacidade dos contratos de exploração de combustíveis fósseis entregues à Portfuel de Sousa Cintra no Algarve, ficou reforçada a resolução do movimento em solidificar a resistência à exploração em terra e no mar: para tal, serão organizadas acções directas no período já previsto de sondagens offshore em Sines, assim como a realização de um acampamento no Verão contra a exploração de gás e petróleo no Algarve, organizado em articulação com os movimentos anti-fracking e anti-petróleo locais. Em Junho começará uma bicicletada que, partindo de Viana do Castelo e chegando a Vila Real de Santo António, atravessará o país alertando as populações acerca do fracking previsto para 4 localidades em Portugal: Batalha, Pombal, Aljezur e Tavira.

No dia 1 de Maio será lançada a campanha pelos empregos climáticos, que trará a temática das mitigação das alterações climáticas em Portugal para a criação de emprego. Milhares de postos de emprego em energias renováveis e reabilitação urbana são urgentes, assim como em outras actividades que reduzam as emissões de gases com efeito de estufa.

Os tratados comerciais entre a União Europeia e o Canadá (CETA) e a União Europeia e os Estados Unidos (TTIP) foram identificados como ameaças fortíssimas ao combate às alterações climáticas e pela justiça social. Discutiu-se ainda a formação de um tribunal contra a empresa multinacional Monsanto.

Deste primeiro encontro saiu ainda a proposta da realização de um II Encontro Nacional pela Justiça Climática, depois do Verão, no Algarve, para avaliar e aprofundar as várias campanhas lançadas hoje.

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