Com a maioria das pessoas que viajaram para Madrid pela plataforma Salvar o Clima reunidas em Atocha pouco depois das 18, foi hora de desenrolar as faixas e juntar-se à manifestação enorme, o quanto não se sabia à entrada.
A energia foi tremenda e gritos a pedir um estado de emergência climática imediato, a afirmação da presença de anticapitalistas, rejeição da exploração de combustíveis fósseis e construção de novos aeroportos foram uma constante. Rodeados de manifestantes de Murcia, algures de França, jovens locais de Madrid e um grupo musical, à massa portuguesa não faltou companhia. A lenta progressão da marcha fazia adivinhar que os números eram históricos, o caminho de 6 quilómetros não se revelou fácil para as ativistas, mas mesmo assim a energia manteve-se. Um novo alento chegou quando se reencontrou com o Sambação cheio de vontade de imprimir ritmo e força, tendo este partido inicialmente com o bloco internacional dos ritmos da resistência.
Finalmente o grupo chegou a Nuevos Ministérios, exausto mas de ânimos elevados e finalmente capaz de matar a fome com as refeições distribuídas. Aí pôde confirmar o que se adivinhava, a manifestação inicialmente prevista ter 100 mil pessoas contou com 500 mil. Ainda houve a notícia de que Greta Thunberg tinha mesmo aparecido e participado na marcha, e discursado no palco com uma mensagem: a solução para a crise climática encontra-se na ruas, não nas reuniões por parte das elites na COP.