Tudo que precisas de saber sobre Galp Must Fall

No dia 24 de Abril, sexta-feira, vamos contestar a Assembleia Geral Anual (assembleia dos accionistas) da Galp, porque a Galp tem de cair.. Neste artigo, tens tudo que precisas de saber sobre #GalpMustFall.

Porque é que a Galp tem de cair?

Quando os exércitos e burocratas colonialistas saíram dos países do Sul Global, as suas empresas ficaram (em muitos casos, os burocratas também ficaram, agora como accionistas dessas empresas). As empresas ficaram para dar continuidade ao modelo económico extractivista e ao fluxo dos recursos do Sul Global para o Norte Global. Pela justiça climática, é preciso garantir reparações para comunidades e ecossistemas afectados. A Galp Tem de Cair é, além de outras coisas, uma acção de solidariedade com as comunidades nas linhas da frente da luta contra a crise climática. (Lê o resto aqui: Por uma justiça global, a Galp tem de cair.)

A Agência Internacional de Energia já tinha avisado em 2011: as infraestruturas de combustíveis fósseis em funcionamento em 2017 já são mais que suficientes para um aquecimento global de 2ºC até 2100. Isto significa que a Galp não só comete crimes contra a humanidade, mas tem conhecimento detalhado sobre os impactos das suas acções. A Galp faz parte duma estrutura criminal mundial e é o representante português principal nela. Faz parte dos consórcios com Exxon, ENI, China National Petroleum Corporation, Petrobras, Shell, Chevron e Total, as multinacionais mais corruptas e destrutivas da história, e tem actividades criminais em 11 países do mundo. (Lê o resto aqui: O caos climático e a Galp.)

A Galp quer duplicar a sua produção de petróleo e gás no Brasil, Angola e Moçambique, até 2030. É mais ou menos razoável ver uma empresa multinacional com um modelo psicopático de negócio aumentar a sua actividade destrutiva. Num salto lógico que faz lembrar o Ministério da Verdade do George Orwell, a Galp defende que está a liderar uma transição energética por estar a investir em projectos de gás fóssil. (Lê o resto aqui: Com uma interpretação distópica, Galp faz “transição” de combustíveis fósseis para… combustíveis fósseis.)

Na sua Assembleia Geral Anual no dia 24 de Abril, em plena crise, a Galp quer distribuir dividendos no valor de 315 milhões aos seus accionistas. Ao mesmo tempo, na refinaria de Sines despede dezenas de trabalhadores precários e unilateralmente aumenta a jornada de trabalho de 8 para 12 horas sem qualquer pagamento de trabalho suplementar, enquanto suspende a actividade da fábrica de combustíveis no complexo industrial de Matosinhos. Para a Galp, o lucro vem primeiro, o lucro vem segundo, e o lucro vem terceiro. (Mais nada ganha medalha nenhuma.) A Galp é um símbolo de extractivismo em Portugal, não só em termos ambientais mas também em termos sociais. (Lê o resto aqui: Extractivismo é a razão de ser da Galp.)

Não há volta a dar. Temos de tratar a indústria petrolífera como a indústria de armas nucleares. A indústria fóssil tem de cair. A Galp tem de cair. A única forma da Galp cair sem levar consigo os trabalhadores ou sem apagar a sua dívida ecológica às comunidades locais e aos ecossistemas que destruiu, é desmantelarmo-la duma forma deliberada, planeada e democrática. Temos de desmantelar a Galp por todos os meios legais, económicos e políticos necessários. (Lê o resto aqui: Desmantelar a indústria petrolífera, agora!)

Precisamos de democratizar o sector energético e construir um sistema justo em que a energia limpa e sustentável seja um serviço público acessível para todas as pessoas. O primeiro passo essencial em Portugal na democracia energética é o controlo público da Galp. (Lê o resto aqui: A Galp tem de ser nacionalizada.)

Porque é preciso

  • DESMANTELAR A GALP por todos os meios legais, económicos e políticos necessários
  • assegurar uma TRANSIÇÃO JUSTA para os trabalhadores da indústria fóssil
  • garantir REPARAÇÕES para comunidades e ecossistemas afectados
  • construir uma DEMOCRACIA ENERGÉTICA pública e 100% renovável para todas as pessoas


O que vai acontecer no dia 24 de Abril?

Durante a Assembleia Geral Anual da Galp e em coordenação com a Greve Climática Digital, vamos organizar a #GalpMustFall .

A acção será
  • online e offline
  • dentro e fora da AGA
  • em solidariedade com as comunidades afectadas, nomeadamente em Moçambique onde a Galp faz parte dum consórcio de gás fóssil, e com os trabalhadores que perderam o seu emprego por causa dos layoffs,
  • com diversos elementos artivistas nas redes sociais e, last but not least, com uma MANIFESTAÇÃO ONLINE das 15h00 às 18h00.

Como podes envolver-te?

No dia 22 de Abril, vamos fazer um Briefing de Acção onde vamos explicar todas as formas de participação na acção. A assembleia vai correr duas vezes, com exactamente o mesmo conteúdo, para facilitar a participação de todas e todos.

Assembleia de Acção

22 de Abril, quarta-feira

às 19h00 (português e inglês) e às 21h00 (português)

Mais info sobre a Assembleia de Acção, aqui.


Mais sobre Galp Must Fall: galpmustfall.climaximo.pt

 

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