Portugal confirma à Galiza comboio entre Braga e fronteira num investimento de 900 milhões
O presidente da Junta Autónoma da Galiza recebeu o compromisso do primeiro-ministro de Portugal de um comboio de alta velocidade entre Braga e a fronteira portuguesa, num investimento de 900 milhões de euros, a partir de 2025. Os 900 milhões de euros são exclusivamente investimento português, que se prevê financiado através do próximo período de fundos europeus. Este só começará dentro de 4 anos.
Em Portugal, 31% do território está de fora do plano de combate às alterações climáticas
Apenas 10% dos planos climáticos nacionais (como parte do Acordo de Paris) incluem referências a áreas de pastagem, contrapondo com 70% que referem as florestas. A importância das pastagens prende-se com o facto de desempenharem um papel fundamental no sequestro de carbono, oferecendo habitat a uma diversa vida selvagem e natureza, e suportando os maiores rios e zonas húmidas do mundo. No entanto, estão ameaçadas pelos efeitos drásticos das alterações climáticas.
Administração de Biden defende grande projeto de exploração de petróleo no Alasca
O governo diz que os EUA devem afastar-se dos combustíveis fósseis, mas apoiou um projeto que deverá produzir mais de 100.000 barris de petróleo por dia durante 30 anos. O plano multimilionário da ConocoPhillips para perfurar parte da Reserva Nacional de Petróleo foi aprovado pelo governo Trump no ano passado. Mais um avanço em direção aos caos climático.
Galp e Savannah deixam cair acordo na Mina do Barroso
Ficou sem efeito o acordo celebrado entre a Savannah e a Galp para a Mina do Barroso, onde a primeira empresa tem um projecto para a exploração de lítio. Segundo o comunicado pelas empresas, o motivo para a ruptura centra-se no fornecimento de matéria prima espodumena, essencial para o processo de refinação do lítio. Mesmo assim, a agenda do lítio continua ativa.
Um terço das mortes por calor são atribuídas às alterações climáticas
É o resultado de um estudo na Nature Climate Change com dados de 43 países. Este estima que 37% das mortes, devido ao excesso de calor, são atribuíveis às alterações climáticas. As maiores contribuições para as mortes vêm de países da Ásia e da América Latina.
O Brasil enfrenta a pior seca em 100 anos
A seca está a incidir sobre o centro e sul do país com forte escassez de água no Rio Paraná. Está em risco o fornecimento de energia a partir de barragens e foi lançado o alerta para incêndios na Amazónia.
Fim do carvão no Pego deixa accionistas à beira do divórcio
O destino da central do Pego passa agora por uma guerra de accionistas, com o accionista minoritário, a Endesa, a contestar a posição da TrustEnergy, o accionista maioritário. A TrustEnergy quer apostar na Biomassa, que passa por queimar árvores para produzir eletricidade. Não tem grandes ganhos de emissões de gases com efeito de estufa em relação ao carvão, e em termos de custos de produção, é pior do que alternativas fósseis e renováveis.
A Endessa tem projetos mais vagos, mas menciona energia solar, eólica e o hidrogénio. Sendo o accionista maioritário, a solução da Endessa deve passar por grandes subsídios públicos, estando já a candidatar-se aos fundos de recuperação pós-covid. Com tudo isto, o que foi vendido pelo governo como transição energética parece não ir cortar emissões, mas sim árvores.
Gigantes fósseis censurados formalmente
No mesmo dia, os accionistas da Exxon votaram para colocar dois ativistas climáticos no conselho de administração, na Chevron passou uma moção para reduzir as emissões da empresa e a Shell foi obrigada a cortar as emissões líquidas em 45% por 2030, com base nos valores de 2019.
Apesar de ser vendido como o “dia do juízo final” não se pode considerar isto numa efetivação da transição energética. Existem vários subterfúgios, como vender as operações de combustíveis a outras empresas, jogar com o conceito de emissões líquidas, colocar recursos sucessivos nos tribunais, entre outros.
Para já, quem investe na empresa não acredita que isto se concretize numa redução de atividade da mesma, já que as cotações bolsistas seguem praticamente inalteradas face a estes factos.