A máquina que absorve o carbono do ar e torna-o em pedra, começou a funcionar na semana passada. Com ventoínhas, o ar é capturado e depois filtrado, recolhido e injetado no subsolo, para ser mineralizado.
Todos os anos esta máquina irá remover 4.000 toneladas de carbono do ar, o equivalente a menos de 900 carros. Ou seja, assumindo 5 milhões de carros em Portugal, seriam necessárias mais de 5500 destas, para absorver as emissões destes.
Este tipo de tecnologia é apresentado como solução para a crise climática, no entanto, conta com fortes problemas a nível de custos e escala.
Conclusão do Gasodutod Nord Stream 2 anunciado pela Rússia
Este gasoduto, que passa sob o Mar Báltico, vai permitir exportar até 110 mil milhões de metros cúbicos de gás, da Rússia até ao coração da Europa. Para entrar em ação, falta ainda a luz verde do regulador alemão.
Além do dano climático direto de um novo projeto de combustível fóssil, este gasoduto também deverá entrar na dinâmica geopolítica das relações da União Europeia com a Rússia e com os Estados Unidos, outro grande produtor de gás.
Estimam-se 200 milhões de migrantes devido às alterações climáticas até 2050
Isto parte de um relatório do Banco Mundial, que analisa fatores como a escassez de água, quebras na produção agrícola e subida do nível do mar. Estes impactos deverão empurrar populações para fora do local onde vivem, sendo esta análise limitada a deslocações dentro de países, e não entre fronteiras.
Estima-se na África subsariana, uma deslocação de 86 milhões de pessoas, sendo que só no Norte de África serão cerca de 19 milhões. No Bagladesh deverão ser 20 milhões.
Empresas do setor fotovoltaico juntam-se à associação de renováveis Apren
A Associação Portuguesa de Energias Renováveis (Apren) vai unir-se à Associação Portuguesa de Empresas do Setor Fotovoltaico (APESF) para uma representação conjunta, passando ambas a atuar debaixo do nome “Apren”.
2020, o pior ano em que há registo de assinatos de ativistas ambientais
No relatório apresentado pelo novo relatório da ONG Global Witness, registam-se 227 ativistas ligadas à proteção do ambiente, mortas no ano passado.
Metade deste número vem de apenas três países: Colômbia, México e Filipinas, com a Colômbia no topo, tendo 65 ativistas assassinadas. Em relação aos setores de que estas fazem parte, cerca de metade não se consegue identificar, mas 34 estão ligadas à substituição de colheitas e agronegócio, 23 à exploração de madeira, 20 a barragens e 17 à mineração e extração.
Produção de carne responsável por 60% da emissões da indústria alimentar
Num artigo publicado na Nature Food, a indústria alimentar, a nível mundial, é apontada como responsável por um terço de todos os gases emitidos com efeito no aquecimento global, sendo que a produção de carne destaca-se, ao gerar 60% das emissões.
Neste estudo estão incluídos o uso de máquinas agrícolas, a pulverização de fertilizantes e o transporte de produtos. O destaque vai para a carne bovina, responsável por 25% das emissões do setor.
“Despedimento coletivo camuflado” por parte da Partex
A petrolífera Partex Portugal está em liquidação e a sua operação vai ser encerrada até março de 2022. Isto após ter sido vendida por 622 milhões de euros à PTTEP, uma empresa tailandesa, no ano de 2019. Os 35 trabalhadores criticam a venda, tendo colocado um processo em tribunal em 2019, contra a venda. Além de criticarem a decisão dos tailandeses da PTT Exploration and Production, criticam também a pouca mobilização pelos direitos dos trabalhadores do gestor e conselheiro do governo, António Costa e Silva. Este apresentou a sua demissão, afirmando discordar do processo de liquidação e despedimento.
Os trabalhadores consideram a situação como um despedimento coletivo e indireto, dizendo ainda que foram deixados em “banho maria” até à recente decisão de venderem a empresa. Estes interpuseram um processo em tribunal, em 2020, ameaçando ainda levar o caso ao Tribunal Europeu, para travar o fim da empresa e consequentemente os despedimentos.
Despedimento coletivo de trabalhadores de refinaria de Matosinhos
Na sequência da decisão da Galp de concentrar as operações em Sines, a comissão central de trabalhadores (CCT) da Petrogal, indica que no dia 15 de setembro ocorreram a maioria dos despedimentos. Os trabalhadores falam no dia “mais negro”. Para o desemprego irão cerca de 5.000 pessoas. Medindo em termos convencionais, a Área Metropolitana do Porto perderá cerca de 1% do seu PIB.
Na perspetiva da CCT, não se compreende o fecho da infraestrutura, já que a Galp perdeu no início de 2021 cerca de 70 milhões de euros.
Após o encerramento da refinaria, a empresa petrolífera conversou com os 401 trabalhadores em causa, conseguindo um acordo com mais de 40%. “Dentro desses, mais de 100 continuarão a sua atividade”, afirmou o administrador da Galp Carlos Silva. Entretanto, outros 30% dos trabalhadores irão manter funções até Janeiro de 2024, nas operações de desmantelamento e descontinuação.
Será de referir que o Estado é um dos acionistas da Galp, participando com 7% através da Parpública, e com outros vastos meios para influenciar a situação na empresa.
O governo foi acusado por ambientalistas portugueses, de ter impedido uma avaliação ambiental estratégica real e credível, relativamente ao aeroporto para Lisboa. De limitar o seu âmbito e ainda excluir alternativas, como o caminho-de-ferro. Entre estas inclui-se a Zero. Referem também que o mandato dado ao instituto da Mobilidade e Transportes, continua a cometer erros já vistos outrora, em vez de ingressar num projeto de âmbito nacional e estratégico, que vá de encontro às metas climáticas definidas. O ministro das Infraestruturas nega a acusação em relação à exclusão de uma ligação ferroviária ao Montijo, e afirma que o governo não quer voltar a discutir as possibilidades para a região aeroportuária de Lisboa.