Ocorrerá a primeira perfuração de petróleo em São Tomé e Príncipe em março de 2022 por parte da Galp e da Shell. Esta história não é nova, no sentido que se repete uma e outra vez. O capitalismo fóssil exporta o seu sofrimento para o Sul Global onde mantém zonas de miséria permanente enquanto que nos países “desenvolvidos” persiste a acumulação de lucros.
27 anos de negociação internacional para prevenir o colapso climático total não tiveram nenhum resultado, mas Matos Fernandes diz que sai de Glasgow “com a convicção de que é mesmo possível que a liderança destes processos esteja não na rua mas dentro das casas, e liderada pelas instituições […] e os Estados, e as democracias liberais tanto quanto possível”. Diz isto sob a influência do que só pode ser uma dose de liberalismo suficiente para matar qualquer uma de nós.
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Assange, que famosamente partilhou, entre outras coisas, informação confidencial sobre violações das convenções de Genebra pelos Estados Unidos, está a ser perseguido politicamente. Está há bastante tempo numa prisão de segurança máxima, que lhe proporcionou, segundo as Nações Unidas “todos os sintomas típicos da exposição prolongada à tortura psicológica”. Podemos ver de forma clara o poder que este país tem sobre a política internacional, mesmo no aparentemente seguro Norte Global.
“A Austrália usará, como sempre, tudo o que puder para se proteger a si própria. Para o resto de nós, está tudo em jogo.” Mesmo assim, “Estas tácticas de repressão não se comparam com as consequências da inação”.
O CEO da Galp, Andy Brown, veio afirmar que a eventual não obtenção de apoio do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) “reduz a viabilidade” do projeto para produzir hidróxido de lítio em Portugal. Assim, fica mais um projeto que além de ser ambientalmente danoso, ainda precisa de dinheiros públicos para avançar.