Relato do dia 07/07 – Acampamento 1.5

No segundo dia do nosso acampamento de ação, toda a diversidade do movimento pela justiça climática esteve em grande exposição. Formações e conversas sobre capitalismo e clima, desobediência civil, ecofeminismo, justiça global, anti-especismo, modelos económicos sustentáveis, sistemas alimentares sãos e justos, e água ocuparam a manhã e o início da tarde.

Várias organizações facilitaram sessões temáticas onde discutimos visões de alternativas para o futuro, e de caminhos para lá chegar.

  • Sistemas Alimentares São e Justos – Gaia Alentejo e Juntos pelo Sudoeste
  • Justiça Global – por SOS Racismo e Humans Before Borders
  • Água – por Geota e Protejo e Tamera
  • Modelos económicos mais justos e sustentáveis – por Circular Economy Portugal
  • Ecofeminismo – Climáximo
  • Anti-especismo como ferramenta para descolonizar o pensamento – por PATAV e FALA

O Plenário Impactos e Testeminhos contou com a presença de convidades muito interessantes e especiais:

  • Fátima Mourão – Membro da Associação Amigos dos Fortes e residente na aldeia Fortes, em Ferreira do Alentejo, onde a comunidade é afetada pela poluição causada por uma unidade de processamento de bagaço de azeitona.
  • Filipe Gonçalves – Estivador do Porto de Sines e ex-trabalhador da central termoelétrica da EDP em Sines
  • Egídio Fernandes – Membro do Sindicato das Indústrias, Energias, Serviços e Águas de Portugal (SIEAP)
  • Kishor Limbu- Trabalhador migrante no setor agrícola e candidato a doutoramento no ICS, Universidade de Lisboa
  • Teresa Santos – Membro do Dunas Livres, um movimento de cidadãos pela preservação das dunas da orla costeira Tróia e Sines

A riqueza deste plenário corresponde inversamente à miséria promovida pelo capitalismo fóssil na região, pela avidez da agricultura hiperintensiva quer para quem nela trabalha quer para quem sofre os seus efeitos industriais, pela recusa das empresas como a Galp e a EDP em criar qualquer plano de transição quando encerram as suas infraestruturas destruidoras e pelos os projetos megalómanos de criar resorts de luxo e campos de golfe em zonas altamente sensíveis e que têm de ser protegidas.

No final do plenário foi também apresentada de forma geral a ação 1.5 na Refinaria, de forma a permitir as participantes preparem-se para ela, entenderem a action picture, e de que formas se podem envolver, através dos treinos e ensaios do dia seguinte.

À noite foi feita uma dramatização de notícias através do sociodrama, num iluminador e divertido exercício coletivo e participado.

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