Greenhushing: Mais de 1.200 empresas em 12 países afirmam ter planos para neutralidade de carbono mas escondem-nos. Esta tendência confirma a utilização oportunística da crise climática para as empresas fazerem uma lavagem da sua imagem. Menos de 20% das grandes empresas mundiais que declararam ter planos alguma vez os apresentaram em público, não estando os mesmos sequer nos sites ou consultáveis nas empresas.
Depois dos incêndios florestais, a Austrália está novamente a ser palco de cheias em vários estados, mas em particular em partes do estado de Vitória, perto de Melbourne. Mais de 35.000 casas estão neste momento submersas ou ameaçadas
As populações de lagostas no Alasca sofreram uma queda gigantesca – estima-se em menos 7 mil milhões desde 2018 – e, pela primeira vez, a sua pesca foi proibida. Estas populações necessitam de temperaturas muito frias no oceano e também estão a ser afetadas pelo decréscimo de gelo.
A CGTP organizou manifestações nacionais este sábado. Em Lisboa estiverem entre 3 e 5 mil participantes, em protesto contra os baixos salários e o aumento do custo de vida. Em França, no domingo, houve uma manifestação com 140 mil participantes “contra o aumento do custo de vida e a inação climática”, liderado pela esquerda francesa, em particular pelo NUPES de Melenchon. Houve coletes amarelos e algumas escaramuças com a polícia. Em Roma, houve manifestações mais simbólicas, organizadas pelos “Noi non paghiamo” contra o aumento do custo de vida.
No Reino Unido, o Just Stop Oil continua a fazer ações de forma ininterrupta tendo-se destacado pela enorme projeção a ação de atirar sopa ao quadro “Os malmequeres” de Van Gogh e, na segunda feira, a escalada aos cabos de aço de uma ponte numa autoestrada. Em Espanha, a Rebellion por el Clima organizou na 2ª feira uma ação em Huelva contra a regaseificadora da Enagás, bloqueando a infraestrutura em protesto contra a crise climática e a crise do custo vida. Na Alemanha, começou a Scientist Rebellion e na primeira ação, os cientistas (incluindo portugueses) interromperam o discurso do primeiro ministro Olaf Scholtz na World Health Summit. No mesmo dia, o Debt for Climate invadiu o ministério das Finanças alemão para exigir o cancelamento de dívidas dos Sul Global.
A Nigéria LNG Limited anunciou que não vai cumprir o contrato que tem com a Galp, por motivos de força maior, nomeadamente as cheias que neste momento assolam o país. Isso significa que a falta de gás em Portugal (além de outros países da Europa) é hoje uma possibilidade muito real. Entretanto abriu-se um conflito com o governo, que acusou a Galp de alarmismo por ter tornado pública a carta recebida da Nigéria, dizendo “nada saber sobre falta de gás”. Há pânico da parte do governo e o presidente também veio dar garantias que não existem. Entretanto as ações da Galp caíram mais de 7%. 40% da eletricidade em Portugal é produzida com gás e metade desse gás é oriundo da Nigéria.
Foi convocada uma greve geral em França, exigindo subidas de salários alinhadas com a inflação e em solidariedade com os trabalhadores das refinarias que estão em greve.
A Rússia começou a fazer um ataque focalizado à capacidade energética da Ucrânia, já tendo bombardeado centrais elétricas e incapacitado cerca de 30% da capacidade de produção do país.