Hoje, em Londres, 100 pessoas e uma baleia manifestaram-se à frente do Ministério de Energia e no escritório do Primeiro-Ministro contra o novo projeto de exploração de petróleo em Rosebank.
A empresa petrolífera norueguesa Equinor está a preparar-se para extrair o petróleo de Rosebank que, queimado, produzia as emissões equivalentes às de 28 países mais pobres do mundo. Ou seja, o Rosebank contém mais CO2 do que o que 700 milhões de pessoas emitem num ano.
O protesto foi organizado pelo Fossil Free London, e o Climáximo esteve presente. Aqui fica a nossa intervenção em apoio da luta contra o furo em Rosebank:
Em 2015, houve quinze contratos de exploração de petróleo e gás em Portugal. Com lutas locais e com campanhas nacionais, o movimento organizou marchas, protestos, sessões públicas, acampamentos e ações diretas.
Fomos inspiradas pela luta anti-fracking no Reino Unido, que ganhou. Então, nós também ganhámos. Em 2020, todos os contratos foram cancelados. Em 2021, foi proibido pelo parlamento português a exploração de hidrocarbonetos.
Esta luta nossa foi uma luta que não faz sentido, porque foi uma luta contra o aumento dos combustíveis fósseis numa altura em que devíamos a falar sobre fechar infraestruturas existentes. Isto porque vivemos num mundo que não faz sentido. Somos o sentido do mundo.
Não ao furo em Rosebank, não aos furos por todo o lado, sim ao futuro! Em solidariedade!
A reivindicação para o cancelamento do Rosebank é a mesma que o grupo Just Stop Oil exige: não a novos projetos de petróleo e gás. Estes novos projetos fazem parte da mesma loucura que está a acontecer na Alemanha onde o governo permitiu a empresa RWE a destruir uma aldeia para permitir a expansão duma mina de carvão. O governo português também está alinhado com a destruição, com o novo gasoduto planeado, a expansão do terminal de gás no porto de Sines e a expansão aeroportuária em Lisboa.
Mais informações
Fossil Free London – https://fossilfreelondon.org/
Stop Rosebank – https://www.stopcambo.org.uk/