Apoiantes de Parar o Gás Pintam a Sede da Edp

Esta manhã, apoiantes de Parar o Gás denunciaram os lucros de 679 milhões de euros da EDP durante 2022, ano marcado pela seca extrema causada por alterações climáticas e aumento das contas da casa e preços da comida, sentidos pela maioria das pessoas em Portugal. Ativistas com máscaras de gás assinalaram a fachada da sede da empresa com tinta amarela.

Este ano empresas fósseis por todo o mundo bateram lucros recorde. Através do aumento do preço do gás que levou à subida dos preços de energia, comida, habitação e taxas de juro, as petrolíferas conseguiram empurrar-nos ainda mais para o colapso climático e encher as carteiras dos acionistas como nunca. A atual crise do aumento do custo de vida é resultado da ganância sem fim destas empresas.

Na semana em que a EDP anunciou 679 milhões de euros de lucros para o ano de 2022, apoiantes de parar o gás assinalaram a fachada da sede da empresa com tinta amarela, vestidas com fatos brancos e máscaras de gás. Denunciam as atividades criminosas desta empresa por continuar a importar gás para Portugal, tendo contratos de importação de gás até pelo menos 2040, tal como por produzir eletricidade através de gás fóssil, nas suas 2 centrais de ciclo combinado em Portugal.

Há já muito tempo que a EDP sabe que a queima de gás fóssil, tal como de todos os combustíveis fósseis, é a causa das alterações climáticas extremas que experienciamos e que continuam a agravar-se. A seca que demarcou o ano 2022 em Portugal demonstra a crise climática em que vivemos e que é da responsabilidade de empresas como a EDP. As alterações climáticas vão continuar a agravar-se se continuarmos a usar gás fóssil.

A plataforma de ação propõe, como alternativa ao colapso climático e à austeridade, 100% de eletricidade renovável e acessível a todas as pessoas até 2025, combatendo assim a utilização de gás fóssil e os preços obscenos da energia. “Denunciamos os planos da EDP para uma expansão energética sem fim, dirigida pelos lucros. Esta não trava a crise climática e não respeita as pessoas e comunidades. É necessária uma transição energética já! É preciso deixarmos de usar gás fóssil. É urgente o encerramento faseado, rápido e planeado das centrais de produção de eletricidade a partir de gás fóssil, com uma transição justa que garanta formação profissional e emprego digno para quem neste momento depende do trabalho nestas infraestruturas. É essencial igualmente uma transição para energias de fonte renovável e que esta seja gerida pelas pessoas e para as pessoas. A energia é um direito que tem de ser assegurado, e não manipulado por estas empresas.”

Parar o Gás convida toda a sociedade a participar no protesto de resistência civil no dia 13 de maio, que irá bloquear a entrada principal de Gás Fóssil em Portugal, o terminal de Gás Natural Liquefeito em Sines. Convida igualmente todas as pessoas a saírem à rua e a juntarem esta sexta, dia 3 de março, à Greve Climática Global, e no dia 1 de abril à Manifestação pelo Direito à Habitação.

O aumento do custo de vida e a crise climática são da responsabilidade da GALP, REN e EDP. Os preços altos em toda a economia são consequência dos lucros das petrolíferas. Enquanto continuarmos a usar combustíveis fósseis, as alterações climáticas só se vão agravar até um ponto sem retorno. É preciso parar estes criminosos e parar o crime com as nossas mãos.

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