Sines e a sua região, devido a opções tomadas ao longo de décadas, estão ligadas a várias indústrias de intensivas em emissões de gases de efeitos estufa. O setor industrial e energético criaram muitos empregos na região, deixando em grande parte as populações bastante dependentes das empresas detentoras destes setores.
O encerramento da central Termoelétrica, três anos antes do previsto, foi um exemplo do quero, posso e mando da EDP. Por decisão da empresa, a central foi encerrada, sobre o pretexto da transição energética, mas sem diálogo social com os trabalhadores e as comunidades dela dependente, e sem segurança de empregos e soluções de energia limpa para as populações.
Agora, um consórcio do qual a EDP faz também parte anuncia um projeto de Hidrogénio Verde, GreenH2Atlantic, no local da antiga central. Contudo, o debate á cerca da necessidade, viabilidade e interesse público deste projeto está em grande parte a acontecer de portas fechadas, sem o envolvimento dos trabalhadores que foram deixados para trás, muitos dos quais ainda hoje se encontram em situações de insegurança e precariedade laboral.
Queremos então abrir para debate público aslgumas questões relevantes sobre este caso, no dia 11 de Março, às 15h na Biblioteca de Santiago do Cacém.
O que foi feito de errado e o que poderia ter sido diferente? Que futuro para a antiga central e aqueles que lá trabalhavam? Quais os perigos e vantagens do hidrogénio “verde”? Quais os interesse por detrás deste projeto e quais os interesses que estão a ficar para trás?
O Grupo de Trabalho por uma Transição Justa para Sines da Campanha Empregos pelo Clima organiza uma debate para discutir estas outras questões com a população. Porque dar a voz a quem aqui você e trabalha é o primeiro passo para uma transição que proteja os trabalhadores e o planeta.
Oradores confirmados:
- Representante do Sindicato das Indústrias, Energia e Serviços de Portugal (SIEAP);
- José Félix, ex-trabalhador da Central Termoelétrica;
- Ricardo Moreira, Doutorando em Alterações Climáticas;