A petrolífera do grupo da Fundação Calouste Gulbenkian sofre de preocupação crónica com os impactos humanos da sua atividade. A prospeção ao largo da costa do Algarve e Peniche ferem a consciência filantrópica da empresa. Embora anunciando a primeira perfuração no Algarve ainda este ano, especula-se que sentimentos de empatia pela Humanidade possam fazer a Partex hesitar, sobretudo por incluir na sua prospeção a costa ao largo da área protegida da Ria Formosa.
Mas embora a destruição que provoca não deixe a Partex dormir, a empresa aponta outros culpados: são as filas de trânsito, segundo o Presidente da Comissão Executiva da Partex, as maiores geradoras de CO2. E quanto à atividade sísmica acrescida derivada da extração de gás a grande profundidade, o seu Presidente aponta o dedo à arquitetura geológica: “Vivemos num planeta com placas tectónicas”, acusa, embora deite água na fervura: “dois eventos sísmicos por dia será tolerável”, concede – desde que não sejam grandes.
Aplaudimos a consciência humanista da Partex em relação ao seu papel na causa de lixar o planeta, e o consolo que retiram do projeto redentor de liberarem a Humanidade da sua existência no planeta a longo-prazo.
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Se aprecias os esforços do Partex Oil & Gas para lixar o planeta, vota em baixo. Aqui estão os outros candidatos:
- Galp Energia: Confiando na Natureza
- Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia: Crise político-psicótica
- Portocel Soporcel: Exploração sustentável da floresta
- Porto de Sines: O primeiro projeto oficial de terrorismo português
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