A nossa casa continua a arder.
Ao mesmo tempo que observamos as consequências das alterações climáticas, testemunhamos um aumento das emissões a nível internacional. Esta simbiose, permitida pelos governos e instituições, faz-nos perceber que não podemos esperar uma resposta suficiente destes e exige-nos esperar de nós que a Justiça Climática seja feita. Temos de garantir que o aquecimento da temperatura média global do planeta não ultrapasse os 1,5ºC. Isso implica agir já e de forma significativa, começando por identificar e mitigar os principais pontos de emissão.
Feito um inventário com as principais infraestruturas em Portugal, sabemos que temos de cortar pelo menos 74% das emissões até 2030 e observamos no primeiro lugar de infraestrutura mais emissora a Refinaria da Galp em Sines. Aqui será onde temos de começar.
Para além de partir de nós o papel de exigir este encerramento da refinaria, não podemos permitir que sejam os trabalhadores e trabalhadoras desta refinaria, os mais prejudicados. Em Janeiro deste ano, a EDP encerrou a Central Termoeléctrica de Sines, enviando 400 trabalhadores para o desemprego. Cabe-nos a nós lá ir e exigir um plano de transição justa que não exija a sua deslocação.
A Greve Verde de Sines, em 1980, ensina-nos que quando tomamos lugar à mesa e assumimos o protagonismo no rumo da nossa história, as nossas vozes são ouvidas e a as nossas reivindicações concretizadas. Não podemos fechar os olhos aos impactos em Sines.
O futuro está nas nossas mãos. Vamos fazê-lo dia 18 de novembro, data escolhida para uma chamada internacional, no âmbito do Acordo de Glasgow, para se articularem acções directas contra principais pontos de emissão.
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