No dia 4 de Fevereiro, ações em Peru, Bolívia, Uruguai, Argentina, Colômbia, África do Sul, Nigéria, Egito, Espanha, Portugal, Sérvia, Ucrânia, Países Baixos, Alemanha, Noruega, Dinamarca, Reino Unido e Estados Unidos marcaram solidariedade com as populações da linha de frente da destruição causada pelas empresas petrolíferas Repsol, Shell, Wintershall e Equinor.
Em Lisboa, ativistas estiveram à frente da sede da Repsol.
Lisboa
Ações em outros países
Convocatória
Ativistas por justiça climática irão manifestar-se dia 4 de Fevereiro às 18h00, na sede da Repsol na Avenida José Malhoa perto de Sete Rios, em solidariedade com ativistas e população afetada pelo desastre ecológico causado pela empresa no Peru.
Em Janeiro, aconteceu no Peru um desastre ecológico considerado o pior dos últimos tempos, resultado de derrames de petróleo. O primeiro derrame, dia 15 de Janeiro, contou com pelo menos 6.000 barris derramados nas costas do país. A contaminação alcançou 180 hectares na costa e 713 no mar na zona da capital, Lima. Estimou-se que 3.000 pessoas estivessem impedidas de trabalhar devido ao acidente. No dia 25 de Janeiro, ocorreu um segundo derrame de petróleo na mesma área.
Já foram mais de mil pessoas a manifestar-se em Lima contra a Repsol num percurso até uma Refinaria da empresa.
O Movimiento Ciudadano frente al Cambio Climatico (MOCICC), coletivo peruano pela justiça climática, exige “que a empresa assuma a sua responsabilidade direta por este desastre ambiental, implemente todas as ações necessárias e adequadas para controlar o derramamento, repare os danos ambientais e indemnize os pescadores e as famílias afetadas de forma justa e imediata.”
Para já, a Repsol não se compromete com nada e lança as culpas do derrame à ondulação gerada pela erupção vulcão de Tonga. Desde o dia do derrame até hoje, as medidas tomadas tanto pela empresa como pelo Ministério do Meio Ambiente do Perú são insuficientes, tardias e ineficientes, enquanto o impacto ecológico aumenta com o passar dos dias, com o risco de afetar uma maior extensão dos ecossistemas marinho, costeiro e a vida, economia e saúde da população local.
A Climáximo convoca uma ação de solidariedade em frente à sede da Repsol Portugal na Avenida José Malhoa 16B, perto de Sete Rios, às 18h00 de dia 4 de Fevereiro, sexta-feira.
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